domingo, 30 de dezembro de 2007

Melhores de 2007

Ano novo é tempo de recomeçar, olhar para frente, fazer planos para o ano que se aproxima. Mas o Rock N Cigarettes é nostálgico e prefere olhar para trás, só para contrariar. Por isso, fizemos nossas listas com os cinco lançamentos mais do caralho do ano que está se encerrando. Os do André estão em ordem, os meus não, mas nada disso importa. Leiam, discordem, nos mande para aquele lugar ou simplesmente nos desejem feliz ano novo, como nós desejamos para nossos 12 fiéis leitores. Se tudo der certo, teremos novas listas para vocês amanhã, se não, até ano que vem.


André

1 - LCD Soundsystem - Sound of Silver
2 - The White Stripes - Icky Thumb
3 - The Battles - Mirrored
4 - Gogol Bordello - Super Taranta!
5 - Diablo Swing Orchestra - The Butcher's Ballroom


Léo Werneck

Idlewild - Make Another World
Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
MxPx - Secret Weapon
Bad Religion - The New Maps of Hell
NOFX - They've Actually Gotten Worse Live

Atualização

Sim, hoje já é dia 5 de janeiro, mas o festival de listas parece não ter fim. Sem problema, nós adoramos elas. Apesar disso, não vamos ficar parados. Janeiro é um mês devagar, mas esse blog não vai parar. Aguardem.

f.

1 - Andrew Bird - Armchair Apocrypha
2 - Beirut - The Flying Club Cup
3 - The National - Boxer
4 - Wilco - Sky Blue Sky
5 - Jens Lekman - Night Falls Over Kortedala

sábado, 29 de dezembro de 2007

Rock n Roll on vacation

O rock tirou férias desse blog. Calma, amanhã ele estará de volta. Enquanto isso, dois vídeos para alegrar o dia.



terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Top 5 de verão (parte 3)

Nosso planejamento não previa um terceiro post do Top 5 de verão, mas como o povo pediu (vide o altíssimo numero de comentários), as listas estão de volta para um bis. Falando sério, recebemos uma lista após o fechamento da... “edição”, mas não deixaríamos de dar espaço a nenhum desses roqueiros que gentilmente colaborou com Rock N Cigarettes para deixar seu verão mais divertido. Para adicionar um recheio à lista solitária, meti o bedelho onde não fui chamado e elaborei um top 5 também. Na verdade, tudo isso é só uma desculpa para desejar um feliz natal para nossos (poucos, mas muito fiéis) leitores. Que Papai Noel seja generoso com vocês.


Rodrigo (Sparks)

“Vou fazer uma lista somente com cds recentes. Feliz Natal!”

The Mugwumps - Banana Brain
F.A.N.T.A. - El Chico Con Rayos x En Los Ojos
Ben Weasel - These Ones Are Bitter
The Queers - Munki Brain
Teenage Bottlerocket - Warning Device
“Vai ser lançado no começo do ano que vem. Já tem uma música disponível no MySpace deles (www.myspace.com/teenagebottlerocket)”.


Léo Werneck (Rock N Cigarettes)

GREEN DAY – DOOKIE
“Punk rock ensolarado, energético e divertido. Impossível não ficar feliz ouvindo esse disco”.

MXPX – SECRET WEAPON
“Hardcore melódico e pop punk de primeira. Bom para cantar junto com Mike Herrera, dirigindo perto da praia em uma tarde de sol”.

DANCE HALL CRASHERS – LOCKJAW
“DHC tem um feeling ideal para o verão. Trilha-sonora para boas memórias”

SUBLIME – LIVE – STAND BY YOUR VAN
“Um disco que cheira à praia. A mistura de ska, reggae e punk rock, com pitadas de rap, te dá vontade de sair com o skate, surfar, namorar, pogar e ver o por do sol, tudo ao mesmo tempo”.

CARBONA – COSMICÔMICA
“Diversão é a palavra de ordem aqui. Felicidade Incondicional”.


Atualização

Devido aos desgastes causados pelos anos prestando contas ao underground brasiliense, algumas pessoas são mais lentas do que outras para elaborar listas e ainda confundem músicas com discos. Não tem importância, nós postamos assim mesmo. Brincadeiras à parte, em plena quarta-feira os Top 5 de verão continuam chegando e o Rock N Cigarettes fica muito honrado com a boa vontade de todos que nos deram atenção e fizeram nosso fim de ano mais feliz. Quem não fica feliz com listas das 5 mais? Esses são os sons que vão agitar o verão da Bianca, vocalista do Pulso. Qual será a trilha-sonora das suas férias?


Bianca (Pulso; gravadora Prótons)

FISHBONE - LYIN' ASS BITCH
“Música mais feliz do mundo, a letra nem tanto (ou nada). Banda estranha e boa pra caralho”.

LOS FABUOSOS CADILLACS –YO TE AVISÉ OU REVOLUTION ROCK
“Esse disco, Vasos Vacios, é todo feliz. Essas 2 músicas em especial, e “Yo No Me Sentaria Em Tu Mesa”, são clássicos do verão”.

MIGHTY MIGHTY BOSSTONES - WHERE'D YOU GO?
“Clássico. Banda mais foda do ska, show foda e letras fodas”.

DEAD KENNEDYS - FORWARD TO DEATH
“Tentei manter a alegria, mas nada mais necessário para o verão que o anti-verão, não é mesmo? “I don't need your way of life, I can't stand your attitudes, I don't need this fucking world, this world brings me down…” Poderia ser “Drug me” ou várias do Dead Kennedys”.

THE FEITOS – GENTE FEIOSA
“A canção de verão mais recente que me chamou a atenção. “Gente como eu não deveria ir a praia, é um insulto para quem todo dia malha, e que está a fim de se exibir, gente como eu não deveria ir...””.


Feliz natal!
Por Boss Matsumoto e Léo Werneck

domingo, 23 de dezembro de 2007

Top 5 de verão (parte 2)

Quando perguntados sobre a trilha-sonora do verão que se aproxima, alguns dos entrevistados espontaneamente optaram por falar um pouco sobre suas escolhas. Nessa segunda parte do Top 5 de verão, o Rock N Cigarettes dará voz a esses roqueiros que querem se expressar. Esses são os sons que cada um deles vai ouvir na cabeça quando se lembrarem do ano que está chegando. E aí, qual será a sua trilha-sonora para esse verão?


Bruno Formiga (Opera Volt)

Sepultura - Roots
Bad Religion - Against the Grain
Strike Anywhere - Dead FM
Pink Floyd - The Wall
Beach Boys - The Best of Summer

“Vou te dizer o que eu estou ouvindo agora, ok? Com certeza vai ser o que eu vou estar ouvindo no verão também. Bem eclético, né?”.


Raoni (Siltu)

Sublime - 40 oz. to Freedom
Noção de Nada - Sem Gelo
Jimmy Eat World - Chase This Light
Novos Baianos - Novos Baianos F.C
Nofx - They´ve Actually Gotten Worse Live (ou qualquer um do NOFX)

“Com esses aí, tu tem música para todos os tipos de situação. Sério mesmo, boto fé que algumas até criam certos tipo de situação! (risos)”


Ricardo Drago [aka Kako] (Dalaranjaaocaos)

Dead Fish - Sirva-se
Garage Fuzz - Relax in Your Favorite Chair
Killing Chainsaw - Slim Fast Formula
Muzzarelas - Jumentor
Safari Hamburguers - Good Times

“Essa é mais ou menos a lista de quem começou esse nosso rock brasileiro, pelo menos o que a gente vive ouvindo. Um pouquinho disso e a molecada vai ficar bem servida”.


Bruno Ramon (Strike Call)

“Eu não botei os mais inesquecíveis, não. Botei mais um esquema de músicas empolgantes, mais para o verão mesmo. É lógico que coisas clássicas ficaram faltando, e essa lista quase queimou meus miolos, mas esses aí são bons”.

THE RAMONES - IT'S ALIVE
“Perfeito, com a introdução maravilhosa de “Rockaway Beach””.

THE MISFITS - WALK AMONG US
“Perfeito também, entra rasgando com “20 eyes””.

AC/DC – LIVE
“Disco pedreiro, entrando com “Thunderstruck”, aquecendo o público. Dá para sentir a empolgação tomando conta”.

MOTORHEAD – ORGASMATRON
“Disco sinistro, entra rasgando com “Deaf Forever”. Maravilhoso!”

DISFEAR - MISANTHROPIC GENERATION
“Rock mais pesado, entrando com um murro na cara com a música “Powerload”. Aconselho todo mundo a escutar essa musica”.


Matheus (The Bombers)

GILBY CLARKE - GILBY CLARKE
“Uma puta coletânea dos sons do cara, para quem gosta de Rock n Roll sem modismos e rótulos. Lembra Stones e tem um quê de Punk Rock”.

THE FRATELLIS- COSTELLO MUSIC
“De todas as bandas indie, rock, disco, sei lá o que, essa é a mais Rock n Roll e inspirada. Esse CD realmente é repleto de bons sons”.

VÁRIOS ARTISTAS - DEAD BAND´S PARTY - TRIBUTE TO OINGO BOINGO
“Um tributo ao Oingo Boingo, uma banda muito influente e muito injustiçada da década de 80. Bandas como Reel Big Fish, The Matches e Zebrahead regravam vários hits dessa banda. Diversão garantida ou seu download de volta”.

SUBLIME- 40 OZ TO FREEDOM
“Primeiro disco do Sublime. Infinitamente melhor do que aquele de "Santeria". Esse é pra ouvir na praia com bastante cerveja, areia e garotas de fio dental”.

VÁRIOS ARTISTAS - BRATS ON THE BEATS
“Ramones para Crianças. Muita guitarra, clássicos do Ramones cantados por várias figuras do punk rock americano e com criancinhas cantando em coro os refrões. E é bom pra caralho”.


César (Dissonicos)

Tem de ficar claro que é somente a lista do verão, e não o meu top 5 real, ok? A idéia de fazer um Top 5 de verão é sensacional! Vou para Floripa e já penso na minha trilha-sonora desde outubro. Várias bandas ficaram de fora [da lista], como o Dropkick Murphys, Flogging Molly, Street Dogs, Lagwagon, Johnny Cash, Millencolin, Bad Religion, Goldfinger, Hepcat, Specials, Westbound Train, Garage Fuzz e Ramones (lógico). Todavia, elas estarão lá comigo porque o iPod vai junto (risos). Chega de enrolar! Vamos à lista:

NOFX - THEY'VE ACTUALLY GOTTEN WORSE LIVE
“Eles se superaram! A idéia de lançar um ao vivo sem clássicos, maquiagem e com novas versões das músicas é sensacional. Dá para ouvir todos os erros, desafinadas e problemas técnicos que eles tiveram. Sem falar nas piadas, que estão sensacionais. Ninguém escapou! De AFI a My Chemical Romance, todo mundo foi zoado! (risos)”

BEACH BOYS - PET SOUNDS
“Um clássico! Não tenho muito o que falar sobre esse disco, né? Essencial.

LONG BEACH DUB ALL STARS - WONDERS OF THE WORLD
“Banda dos ex-integrantes do Sublime. Não sei se é nova, mas o disco é recente. Aliás, eles só têm dois discos e esse é o último. Vale a pena conferir. Na praia e com uma cerveja, o disco desce bem melhor”.

RADIODREAD - EASY STAR ALL STARS
“Músicas do Radiohead em versão dub. E sim, ficaram boas pra caralho! Se você não gostar de Radiohead, baixe o outro disco: A Dub Side of the Moon. E sim, eu gosto de dub”.

TIM ARMSTRONG - A POET'S LIFE
“Ah, não preciso falar nada sobre esse disco do Tim Armstrong!”


Ainda não acabou. Até amanhã.
Por Boss Matsumoto e Léo Werneck

sábado, 22 de dezembro de 2007

Top 5 de verão (parte 1)

Todos os momentos importantes na vida têm uma trilha-sonora, e não haveria de ser diferente com as férias. Para comemorar o verão 2008, o Rock N Cigarettes pediu que personalidades da cena roqueira underground fizessem listas com os cinco melhores discos para escutar na praia, na montanha, na fazenda, ou aonde quer que você vá aproveitar as férias de janeiro. Esses são os sons que cada um deles vai ouvir na cabeça quando se lembrarem do ano que está chegando. E aí, qual será a sua trilha-sonora para esse verão?


Luciano (Firstations)

Bad Religion - New Maps of Hell
Reel Big Fish - Monkeys for Nothin' and the Chimps for Free
Tim Armstrong – A Poet's Life
Mad Caddies - Keep it Going
The Bombers - Democracia Chinesa


Pedro: (Sem Fim; Promessa)

Jorge Ben Jor – Ao Vivo MTV
Pennywise - Straight Ahead
Muse - Absolution
Natiruts - Natiruts Reggae Power
Incubus - Make Yourself


Dudu: (Sem Fim)

The Clash - London Calling
Blink 182 - The Mark, Tom, Travis Show
Noção de Nada - Sem Gelo
Incubus - Morning View
Silverchair - Young Modern


Bruno: (Lesto!)

Paura - Reverse the Flow
Pennywise - Pennywise
Bandanos - We Crush Your Mind With the Trash Inside
Dead Fish - Um homem só
Metallica - Escute toda a sua coleção!


Rafael (Colina)

Guns and Roses - Apetite for Destruction
Iron Maiden - Powerslave
Pink Floyd - Another Brick in The Wall
Extreme - III Sides to Every Story
Rush - Moving Pictures


Rodrigo Freitas [aka Porco] (Magaivers)

Ozzy Osbourne - Black Rain
Ramones - Pleasant Dreams
The Queers - Munki Brain
John Frusciante - Shadows Collide With People
Bob Marley – Exodus


Kelton (Portenho Records)

Barneys - Oppressed Feelings
White Frogs & Pinboys - Split A-Side
Nick Cave and The Bad Seeds - The First Born is Dead
Morrissey - That's How People Grow Up (CD Single)
Nitrominds - Verge of Collapse


Amanhã tem mais.
Por Boss Matsumoto e Léo Werneck

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A invasão digital

Depois entrar na vida dos consumidores de música por todo o mundo, parece que o formato digital está invadindo o dia-a-dia das bandas e gravadoras estabelecidas. Nessa quarta-feira foram anunciados dois EPs digitais de peso, o que mostra que não apenas as bandas iniciantes estão surfando essa onda. Grupos de diferentes estilos rockeiros estão apostando no formato.

Os indies canadenses do Hot Hot Heat lançaram ontem Happiness LTD, coleção com os b-sides “When It All Comes Down”, “Setting Son” e “Money & Reputation”, e versões acústicas das músicas “My Best Fiend” e “Give Up?”. Happiness LTD está disponível no iTunes e em breve também em outras lojas virtuais.

Já O Rise Against, banda estadunidense de hardcore, anunciou para 15 de janeiro This Is Noise, que também será vendido via iTunes. O “disco” trará 4 faixas. Além dos 2 b-sides, das gravações dos álbuns The Unraveling e The Sufferer & The Witness, estarão no lançamento os 2 bons covers do Black Flag que o Rise Against gravou para o filme Lords of Dogtown, no qual fazem participação. Lords of Dogtown é um ótimo filme sobre as origens do skate moderno na Califórnia da década de 70.

Atualização

Nessa quinta-feira, o Smashing Pumpkins anunciou que lançará um EP virtual no próximo dia 2 de janeiro através do iTunes (sempre ele). American Gothic trará 4 faixas acústicas produzidas pelos 2 membros originais que ainda fazem parte da banda: o vocalista Billy Corgan e o baterista Jimmy Chamberlain. São elas: “The Rose March”, “Pox”, “Sunkissed” e “Again, Again, Again (The Crux)”.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Listas de fim de ano – parte 1287


A saga das listas de fim de ano continua. Agora chegou a vez de Brett Gurewitz, guitarrista do grande Bad Religion e dono da Epitaph Records. Mr. Brett listou seus 5 shows, 5 músicas e 10 álbuns preferidos de 2007 para o MySpaceTV. Algumas das escolhas do cara podem surpreender os fãs de sua banda e gravadora, já que artistas como Timbaland dificilmente figuram nas listas de velhos punk rockers. Vale a pena conferir os vídeos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Top 10 do iTunes

O ano ainda não acabou, mas a Apple já divulgou as listas das músicas e álbuns digitais mais vendidos através do iTunes em 2007. A cantora / junkie Amy Winehouse, os rappers Timbaland e Kanye West, e os garotos do Plain White T’s se destacaram tanto nas vendas britânicas quanto nas norte-americanas. Check it out:

Top 10 do Reino Unido:

MÙSICAS
01. Mika - "Grace Kelly"
02. Rihanna - "Umbrella"
03. The Fray - "How to Save a Life"
04. Kaiser Chiefs - "Ruby"
05. Plain White T's - "Hey There Delilah"
06. Kanye West - "Stronger"
07. Kate Nash - "Foundations"
08. Leona Lewis - "Bleeding Love"
09. Sugababes - "About You Now"
10. Take That - "Shine"

ÁLBUNS
01. Amy Winehouse - Back to Black
02. Mika - Life in Cartoon Motion
03. Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
04. Mark Ronson - Version
05. Newton Faulkner - Hand Built by Robots
06. Take That - Beautiful World
07. Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience & Grace
08. Kaiser Chiefs - Yours Truly, Angry Mob
09. Snow Patrol - Eyes Open
10. Timbaland - Shock Value

Top 10 dos EUA:

MÚSICAS
01. Fergie - "Big Girls Don't Cry (Personal)"
02. Gwen Stefani - "The Sweet Escape"
03. Plain White T's - "Hey There Delilah"
04. Avril Lavigne - "Girlfriend"
05. Fergie - "Glamorous"
06. Kanye West - "Stronger"
07. Maroon 5 - "Makes Me Wonder"
08. Akon - "Don't Matter"
09. Timbaland (com Keri Hilson & D.O.E.) - "The Way I Are"
10. Shop Boyz - "Party Like a Rock Star"

ÁLBUNS
01. Maroon 5 - It Won't Be Soon Before Long
02. Amy Winehouse - Back to Black
03. Kanye West - Graduation
04. Daughtry - Daughtry
05. Colbie Caillat - Coco
06. Linkin Park - Minutes to Midnight
07. Various artists - High School Musical 2
08. Timbaland - Timbaland Presents: Shock Value
09. John Mayer - Continuum
10. Various artists - Hairspray

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

CPM 22 – Cidade Cinza (2007)

Em seu lançamento anterior, Felicidade Instantânea, o CPM 22 arriscou algumas mudanças em seu som, com faixas mais pesadas e lentas, por vezes mais gritadas. Infelizmente, não conseguiram grandes resultados. Porém, em Cidade Cinza, a banda finalmente se livrou da obrigação de produzir hits para as rádios e fez um disco que honra suas origens. Com uma mixagem que não esconde as guitarras e o peso do rock da banda, os paulistanos conseguiram revisitar seu passado hardcore e olhar para frente, tentando com algum sucesso encontrar novos caminhos.

As letras de Cidade Cinza não são brilhantes, mas já não causam mais vergonha alheia, e os vocais de Badauí são seguros e competentes. Faixas como “1000 motivos”, “Nossa música” e “Mais rápido que as lágrimas” lembram a fase independente da banda. A capacidade de renovar o som também é importante para bandas que pretendem alcançar alguma longevidade, e as boas “Ano que vem talvez” e “Depois de horas” surpreendem ao mostrar a veia mais punk rock dos paulistanos.

Já “Há Tempo” é bastante radiofônica e mostra que o CPM ainda compõe pop rocks mais fáceis, que devem agradar aqueles fãs mais mainstream. Mas este é mesmo um álbum para fãs de rock. “Maldita herança” é a faixa mais hardcore do álbum e a única explicitamente política. A canção é boa apesar da letra um pouco boba, simplista. De qualquer forma, é interessante ouvir os caras cantando sobre novas temáticas. Claro que Cidade Cinza também tem seus pontos fracos. A música-título é pouco mais do que uma cópia sem graça dos Titãs de 15 anos atrás. Já “Tempestade de facas” cheira a Raimundos, mas soa totalmente sem inspiração, coisa de banda iniciante. O CPM 22 se sai melhor quando tenta desenvolver seu próprio som.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Punk Rock News

Dia 18 de dezembro chegará às lojas americanas B Sides & C Sides, uma coletânea de faixas raras da banda californiana Rancid. O álbum pode ser comprado através do site da distribuidora Machete e vem em boa hora já que os punk rockers não lançam nada desde Indestructible, de 2003. Só faltou no tracklist abaixo “California Sun”, composta para o filme do seriado South Park.

01. Ben Zanotto
02. Stop
03. Devil's Dance
04. Dead And Gone
05. Stranded
06. Killing Zone
07. 100 Years
08. Things To Come
09. Blast 'Em
10. Endrina
11. White Knuckle Ride
12. Sick Sick World
13. Tattoo
14. That's Entertainment
15. Clockwork Orange
16. The Brothels
17. Just A Feeling
18. Brixton
19. Empros Lap Dog
20. I Wanna Riot
21. Kill The Lights

O Boucing Souls também divulgou seus planos para o ano que se aproxima. O vocalista da banda, Greg Attonito, disse que eles pretendem lançar o próximo álbum apenas em formato digital, já que “não faz sentido lançar um CD, porque ninguém os compra mais”. Recentemente o vocalista do Lagwagon, Joey Cape, revelou plano semelhante para sua banda em 2008.

***

Uma marca importante para esse blog será alcançada muito em breve. O próximo post será o de número 100. Não que alguém se importe com isso, mas não será um post comemorativo ou especial em nenhum sentido. O fim de ano já tem comemorações enough. Talvez no milésimo.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hospede dá adeus ao Dead Fish

A partir de hoje o Hospede não esta mais na formação do Dead Fish. Foi uma decisão muito difícil mas necessária para não vivermos momentos parecidos com alguns que tivemos no passado. Todos os shows marcados pelo Hospede devem ser remarcados ou re-negociados com o Alyand. Os shows do Inferno dia 07/12, Ribeirão Preto e Hangar estão confirmados mesmo com a saida dele. Faremos o show livre com um integrante menos. Em breve mais informações aqui.


Com essa mensagem postada nesta terça-feira em seu fotolog oficial, o Dead Fish anunciou a saída do guitarrista Hospede da banda. Hospede também toca na banda de hardcore Aditive, e entrou para o Dead Fish em 2003, juntamente com o também guitarrista Philippe.

***

Há alguns meses o Green Day anunciou ter cerca de 45 músicas em diferentes estágios de composição. Ontem a banda californiana anunciou que entrará em estúdio em janeiro para gravar o sucessor de American Idiot, de 2004. Nenhuma possível data de lançamento foi anunciada, mas o empresário do trio informou que eles se manterão longe de todos os temas tratados no lançamento anterior. O site oficial da banda também será reformulado e constantemente atualizado com notícias sobre o andamento das gravações.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Notícias Rock


Nada como começar bem a semana com várias noticias do mundo rock. Para a felicidade dos emos tupiniquins, a banda inglesa Funeral for a Friend anunciou shows no país em abril de 2008. Quatro datas já estão confirmadas:

03/04 - Bar Opnião - Porto Alegre/RS
04/04 - ? - Rio de Janeiro/RJ
05/04 - ABC PRO HC - São Bernardo do Campo/SP
06/04 - Hellooch - Curitiba/PR

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Já Kevin Lyman, dono da Warped Tour, famosa turnê itinerante de punk rock, hardcore e afins, anunciou os primeiros nomes da próxima edição do evento. Os hypados Against Me!, e os menos conhecidos The Bronx, The Devil Wears Prada e Pierce The Veil estão confirmados para a edição 2008 da turnê que acontece todos os anos nos EUA e Canadá, durante o verão do hemisfério norte. Lyman também anunciou o novo DVD do evento (com as apresentações de 2007) e prometeu trazer sua outra turnê, a Taste of Chaos (uma espécie de Warped Tour de inverno) para a América do Sul em 2008. É esperar pra ver.

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Os suecos do Millencolin estão terminando de gravar seu 7º álbum, sucessor de Kingwood, de 2005. Enquanto isso, o guitarrista e designer da banda, Erik Ohlsson, se envolveu na fabricação de fones de ouvido. A empresa WeSC lançará em breve um headphone assinado pela banda [aquele mesmo da foto lá em cima]. Foi anunciado que a equalização do produto privilegiará o som das guitarras, sem deixar de lado os graves, mas o principal atrativo deve ser mesmo o logo emborrachado do Millencolin.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

MxPx - Secret Weapon (2007)

Entre antigos fãs é recorrente a reclamação de que todos crescemos, menos o MxPx. Após assistir o DVD B-Movie, de 2005, fica difícil discordar. Ao ouvir os versos “Goosfrahbah, I’ve got to calm myself down”, as esperanças de que os eternos adolescentes escrevam algo que possa ser citado se vão para sempre. Apesar disso, é injusto dizer que a banda não evoluiu. Talvez o trio não tenha talento para escrever como Greg Graffin (Bad Religion) ou Matt Skiba (Alkaline Trio), mas musicalmente os avanços são inegáveis. Após alguns anos lançando discos de rock radiofônico – algo que fazem muito bem, por sinal – a banda decidiu voltar ao hardcore melódico que os fez famosos. Entretanto, o álbum anterior, Panic, e este Secret Weapon não são meras reedições de seus primeiros trabalhos.

Melodias e instrumentais criativos e empolgantes dão o tom do álbum, perfeito para tardes ensolaradas com os amigos ou a namorada. As guitarras de Tom Wisniewski também merecem destaque. A boa música título abre o disco em alta velocidade, com um solo de guitarra no melhor estilo Bad Religion. “Top of the Charts” e “Punk Rawk Celebrity” mostram o lado mais pop do trio e falam sobre o período mainstream da banda. A crítica à industria musical e ao status cool do punk rock atual não é tão contundente quanto “The Separation of Church and Skate”, do NOFX, mas o MxPx tem a vantagem de já ter estado lá. Além disso, “Punk Rawk Celebrity” passa do hardcore ao piano e sopros com uma desenvoltura espantosa, e “Top of the Charts” produz aquilo que parecia impossível: uma frase digna de ser citada. “From the Bottom of our Hearts to the Top of the Charts” pode não ser a poesia que alguns esperam, mas resume bem a falsidade do punk rock de Fall Out Boy, Simple Plan e afins.

“Contention” representa as raízes hardcore do trio. Um pouco mais melódicas, mas também flertando com um som mais rápido e agressivo, “Shut It Down” e “Drowning” devem fazer a alegria dos mais saudosos. Já “Here's to the Life”, “Biting the Bullet” e “Tightly Wound” lembram mais o trabalho da banda em seus anos de major. Finalmente, mostrando que o Mxpx também olha para frente estão as energéticas e pesadas “Chop Shop” e “Bass So Low”, ambas ótimas. Também merece destaque “You're On Fire”, música que daria um belo single. Além da pérola citada no primeiro parágrafo, repetida várias vezes em “Not Nothing”, apenas “Sad Sad Song” sobra entre as 16 faixas do lançamento. Apesar da boa linha de baixo, a mistureba de vocais quase country, com batidas e backing vocals anos 50 e horríveis na-na-nas, é realmente dispensável. Não dá pra acertar todas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Diablo Swing Orchestra - The Butcher's Ballroom (2007)

Segundo a mitologia, a Diablo Swing Orchestra foi fundada em 1501 na Suécia, onde obteve um sucesso avassalador. Sua música era considerada divina por todos que a ouviam e lotavam os shows da banda. A Igreja, no auge do seu poder, começou a temer o poder da Orchestra e sua ira recaiu sobre os integrantes da banda, que foram perseguidos e mortos. Porém, antes de serem sentenciados à morte por enforcamento, eles fizeram um pacto para que o grupo ressurgisse com seus descendentes muitos anos depois.

Em 2003, os descendentes se reuniram em Estocolmo. Sabendo que o dom musical que os havia sido passado não deveria ficar escondido, eles decidiram mostrar ao mundo aquilo que seus antepassados foram proibidos de mostrar. Infelizmente as músicas da banda original haviam sido confiscadas e queimadas pela Igreja, restando à nova formação compor sua própria música. Annlouice tem uma voz poderosa e ao mesmo tempo angelical, que se mostra perfeita para o estilo da banda. Pontus ficou encarregado de dar um toque contemporâneo à banda com suas influências de dance music. Daniel ficou responsável pelas guitarras e composições e Anders pelo baixo com orientações de funk. A poderosa bateria ficou com Andrea e o cello com Johannes.

“The Balrog Boogie”, a primeira faixa do álbum de estréia The Butcher's Ballroom, mostra um pouco da versatilidade e inovação da Diablo Swing Orchestra. A música tem trompetes revelando influencias claras de swing, guitarras e da bateria mostrando um jazz mais dançante, baixo bem marcado, e os divinos vocais líricos da vocalista Annlouice atingindo tons inimagináveis. Por essa única amostra fica difícil definir um estilo para a banda. A música seguinte, intitulada “Heroines”, continua com o baixo bem marcado acompanhando a bateria, e mostra um pouco mais do caminho em que o CD irá tomar. Guitarras com acordes curtos de metal e trompetes dignos de músicas TexMex.

O instrumental da banda lembra o dos alemães do Haggard com suas guitarras metaleiras e seus instrumentos clássicos, já os vocais lembram os de Floor Jansen, do After Forever, com mais força e graça. Há também ritmos dançantes em algumas músicas, que não te deixam ficar muito tempo sem balançar a cabeça ou tentar cantar junto com os impossíveis vocais de Annlouice. Misturar guitarras de metal, com trompetes de swing, cellos clássicos que parecem retirados de trilhas sonoras de filmes épicos, violões típicos de ritmos latinos, teclados eletrônicos, e vocais dignos de óperas, cantados em latim, italiano e inglês, poderia resultar em uma grande mistureba, mas a banda mostra um grande conhecimento musical para unir todos esses elementos em um som harmonioso. Recomenda-se a audição pelo menos da primeira música. Ninguém merece morrer sem antes ter ouvido a Diablo Swing Orchestra.

por Jeaninne Doe

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Class of '94


“Em 5 de abril de 1994, o homem que trouxe a música underground para a superfície, Kurt Cobain, foi encontrado morto por suicídio com um tiro na cabeça. No mesmo ano, uma banda pouco conhecida da grande São Francisco chamada Green Day lançou Dookie, que vendeu mais de 19 milhões de cópias em todo o mundo. Ainda no mesmo ano, uma banda da grande Los Angeles chamada Offspring lançou Smash, até hoje o disco independente mais vendido em todo o mundo”.

Green Day, Offspring, Rancid, Bad Religion, NOFX, Pennywise, NUFAN, Lagwagon, Blink 182, surf, skate, Warped Tour. Para todos aqueles que uma vez na vida já interessaram por punk rock, vale a pena assistir o teaser do documentário One Nine Nine Four, que conta a história do “nascimento, crescimento e explosão do punk na década de 90”. Em inglês, of course.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

NOFX - They've Actually Gotten Worse Live! (2007)

12 anos após o lançamento de I Heard They Suck Live o NOFX lança mais um álbum ao vivo, novamente gravado durante 3 noites em San Francisco. O som, os gritos da platéia, as piadas politicamente incorretas, o grande numero de palavrões, a suposta bebedeira, tudo está presente novamente. Apesar disso, They've Actually Gotten Worse Live não é uma mera repetição do disco ao vivo anterior. Em 1995 o NOFX vinha na onda do sucesso de bandas como Green Day e Offspring e estava quase estourando após o lançamento de Punk In Drublic, por isso baseava seu setlist nos seus dois últimos (e melhores) álbuns. Agora os caras são uma banda veterana, com milhões de fãs e de músicas, inclusive os tradicionais b-sides, músicas de coletâneas e afins. E escolheram presentear esses fãs mais dedicados.

Com a exceção de “Franco Un-American” e “Stickin’ In My Eye”, nenhuma das 24 faixas do álbum são hits. Estão presentes no lançamento uma série de versões hardcore para músicas acústicas e skas, como “You're Wrong”, “Scavenger Type” e “Whoops I OD'd”, além de uma versão calminha para a porrada “We March To the Beat Of Indifferent Drum”. Também chama atenção a série de 9 músicas curtas (a maioria presente no 45 or 46 Songs...) que, em média, não passam de uns 40 segundos. Pode-se ainda ouvir a participação de Matt do Flogging Molly tocando acordeão em “I, Melvin”, os guitarristas El Hefe e Melvin cantando, e as tradicionais alterações nas letras cantadas pelo vocalista Fat Mike, que geram momentos engraçadíssimos e mostram a irreverência típica da banda. They've Actually Gotten Worse Live definitivamente não é uma boa introdução para o trabalho do NOFX, mas um ótimo presente para os fãs de longa data que vão ter orgasmos ao ouvir “The Longest Line” com um pequeno trecho de “Basket Case” do Green Day inserido no meio, ou “Lori Meyers”, com vocais femininos incluídos.

sábado, 17 de novembro de 2007

Novo vídeo-clipe do Bad Religion

Desde terça-feira pode ser visto no MySpaceTv o segundo vídeo-clipe retirado de New Maps Of Hell, último álbum do Bad Religion. “New Dark Ages”, já foi visto mais 14 mil vezes e dá saudades dos anos 90 e da antiga MTV.

domingo, 11 de novembro de 2007

Autoramas no Pílulas Porão do Rock

A chuva que caiu na capital durante todo o sábado deve ter atrapalhado um pouco, já que o público presente à segunda edição do Pílulas Porão do Rock não foi tão grande quanto poderia se esperar. Nada, porém, que prejudicasse o clima e o andamento dos shows, que começaram por volta da meia-noite com a apresentação do Gramofocas, seguidos por Sapatos Bicolores e Super Stereo Surf. Por volta das 2h30 da madrugada os Autoramas deram início à sua apresentação. Usando bizarras mascaras de luta livre mexicana, o trio começou tocando “Mundo Moderno” e outras duas músicas de seu mais novo álbum Teletransporte.

O som da banda mescla punk rock, surf music, new wave e até jovem guarda, o que gera reações diversas no público, mas empolga a todos, que dançaram, pularam, abriram rodas punk e pagaram moshes. Mesmo animada, a platéia não estava tão participativa, já que poucas palmas, gritos e singalongs foram ouvidos durante a apresentação. Apesar disso, o trio parecia bastante empolgado e mostrou uma apresentação de banda grande, digna de ginásios e afins. A baixista Selma Viera também parece totalmente integrada ao Autoramas, tocando bem seu baixo distorcido e participando das caras, bocas e movimentos ensaiados típicos do trio.

Após o inicio empolgante, a banda começou a alternar canções de todos seus discos, começando por “Eu Era Pop”. Tocaram todos seus hits como “Paciência”, “Fale Mal de Mim”, “Carinha Triste”, “Você Sabe” e “Autodestrição”. O mais surpreendente, no entanto, foram os covers da noite. Enquanto o baterista Bacalhau trocava a caixa destruída de seu kit, o vocalista Gabriel Tomaz começou a cantar Elvis com direito a vários trejeitos do rei. Era só o começo. Para a alegria dos metaleiros presentes, durante o bis o trio tocou “Seek and Destroy” do Metallica e o hino surf-punk “Surfin’ Bird”, fazendo um final de show inusitado e memorável. Gabriel parece realmente ter prazer de tocar na cidade e até reclamou que ninguém tinha pedido para a banda tocar Little Quail (And The Mad Birds, sua antiga banda). Ao final, o cara ainda iria discotecar, mas poucos ficaram para ver o dia amanhecer no Arena.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Quanto vale In Rainbows?


In Rainbows, último disco do Radiohead que foi lançado na web com o inovador sistema pague quanto quiser, começa a mostrar seus resultados. Durante o mês de outubro, 1,2 milhão de fãs baixaram o álbum do site da banda. 38% deles pagaram algo pela aquisição e o valor médio pago por essa fatia dos fãs foi US$ 6 (cerca de R$ 10).

Pode-se ver esses números por dois lados. 62% dos fãs dos ingleses não está mais disposto a pagar por música (por gravações, pelo menos). Um fato que pode levantar uma série de especulações sobre a revolução cultural em curso, que afeta diretamente as gravadoras, aquelas empresas que vendem discos de plástico.

Pode-se também fazer as contas. Em outubro, US$ 2.736.000 (R$ 4.800.000, aproximadamente) caíram na conta da banda, sem qualquer intermediário. Descontando os custos da produção do álbum, manutenção do site, taxa do cartão de crédito, etc (vamos considerar absurdos 800 mil reais), no último mês cada membro da banda colocou no bolso outros 800 mil reais. Valeu a pena? Antes de responder, considere que apenas cerca de US$ 0,50 da venda de cada CD físico (lançado e distribuído por uma gravadora major) vai para a banda.

Claro que essa estratégia não funcionaria tão bem para bandas iniciantes e nem para artistas com fãs menos dedicados que os do Radiohead, mas bandas como o CSS fizeram sua carreira internacional (a maior de uma banda brasileira desde o Seputulra) baseada na difusão maciça de suas músicas pela web. Estão enchendo os bolsos com apresentações lotadas por todo o mundo. Não sou do tempo do vinil, mas ainda adoro o cheiro do encarte de um CD recém comprado. No entanto, a revolução em curso é inegável. O futuro é agora.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

In Jello we trust

É largamente difundido que Jello Biafra, ex-vocalista da banda punk Dead Kennedys, concorreu a prefeitura de São Francisco em 1979 e não se saiu de todo mal. Menos conhecida é sua candidatura ao senado norte-americano nas eleições de 2000, aquelas que colocaram George Bush na Casa Branca. O que Biafra faria se fosse eleito presidente dos EUA? No último final de semana o cara respondeu essa indagação feita pelo jornal britanico The Guardian. Você pode ler a versão original (em inglês) aqui e a matéria feita por Carlos Albuquerque, jornalista d’O Globo, aqui. Alguém aí votaria em Jello?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Tim Volta: a noite de Bjork no Tim Festival carioca



















Com um pouco atraso Anthony and the Johnsons inauguraram o palco da Tim Volta. Infelizmente, o som belo e delicado do grupo foi prejudicado pela qualidade de som. O violoncelo mal podia ser ouvido e o piano levou algumas músicas para conseguir fazer parte dos arranjos. Aparentemente a equipe do festival não tinha muita noção de como equalizar instrumentos essencialmente acústicos como violinos, violoncelos e até mesmo um piano. Talvez o local ideal para uma apresentação do grupo realmente fosse um teatro pequeno com cadeiras como foi em São Paulo. Mesmo com o todo o seu apelo pop, a acústica ideal para este grupo é a de uma apresentação de música de câmara.


Antony Hegarty sorria muito para a platéia e fazia comentários bem humorados o que dava impressão que ele não tinha noção de como o som da sua banda estava sendo escutado ao longo da tenda. A beleza quase etérea das músicas e Anthony chegaram a se tornar arrastada após a primeira meia hora de show e a platéia foi gradativamente perdendo o interesse e começando a conversar, para o desespero dos fãs de Anthony que em vão pediam silêncio. Nem mesmo o cover de Candy says do Velvet Underground funcionou muito bem no final do show.


Após Anthony deixar o palco, veio a espera pela principal atração da noite, a islandesa Bjork Guðmundsdóttir. O palco de Bjork era tão curioso que a espera pareceu muito mais curta do que realmente foi. Bandeiras com brasões medievais dividiam espaço com sintetizadores e laptops e muitos, muitos microfones. O show começou com a introdução do grupo de sopros islandês Wonder Brass, que entraram no palco marchando em fila e vestidas como guerreiras nórdicas carregando bandeiras com brasões às costas. As meninas, que também foram um competente grupo de backing vocals, contribuíram para o clima onírico do show com a sua quase surreal beleza nórdica. Após o Wonder Brass se posicionar uma saltitante Bjork entra ao som da contagiante batida de Earth Intruders. Bjork ao vivo é muito mais linda e simpática do que qualquer meio de comunicação possa fazer parecer. Nem dá pra imaginar que a aquela mulher tão pequena anda agredindo repórteres mundo afora. A cantora queria fazer do seu show um espetáculo e conseguiu. Os canhões de laser desenhando no teto ou refletidos em espelhos para formar polígonos impressionaram, mas o que mais chamou atenção foi a quase alienígena reactable, uma mesa de luz que é tocada pelo movimento de pedras com runas em sua superfície. O instrumento um tanto esquisito, meio tradicional, meio futurista é uma metáfora perfeita para a cantora. Com uma seqüência que incluiu hyperbalad, miss you, army of me e pluto Bjork terminou a sua apresentação transformando a tenda numa grande festa eletrônica encerrada por um bis com declare independence com direito a chuva de papel picado. Após a apresentação a sensação era de que a festival abriu com o seu clímax, o que para boa parte das pessoas naquela tenda não ficou muito longe da verdade.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

The Killers + Juliette and The Licks no Tim Festival


A segunda noite da edição carioca do Tim Festival 2007 aconteceu sem chuva e um pouco mais vazia. Muita gente deve ter deixado para ir à Marina da Glória para o Tim Festa, quando vários DJs tocariam por toda a madrugada na área comum, virada para o mar. No horário dos shows foi possível até se aproximar dos estandes de comida e roupas. Na tenda Novo Rock US, Juliette and The Licks subiram ao palco com pouco mais de meia hora de atraso e fizeram um show longo para uma banda de abertura. Apesar disso, ninguém reclamou. Juliette Lewis é uma boa atriz também em cima do palco e fez uma apresentação muito divertida com seu figurino bizarro. Os quatro acompanhantes da vocalista também são animados e mantém a pose sexo drogas e rock n roll, executando as canções com precisão. A enorme maioria da platéia não conhecia as músicas da banda, mas pareceu gostar do que lhes foi apresentado. Não é à toa. Se o rockão meio genérico não diz muita coisa, a apresentação conquistou quase todo mundo. Uma pena que o som não estivesse bom, já que as guitarras estiveram muito baixas por grande parte do show. È frustrante ver alguém solando e não escutar. Felizmente o problema foi sendo concertado e o som ficou satisfatório nas ultimas três músicas da apresentação. Antes tarde do que tarde demais.

A enrolação na troca de palco foi uma constante no festival e com o Killers não foi diferente. Pelo menos eles tinham justificativas: um som impecável e uma cenografia digna das apresentações da Britney Spears. Sempre se falou que os rapazes de Las Vegas eram fracos em cima do palco e aquele monte de luzes de natal, letreiros luminosos e caixas de madeira pareciam uma estratégia para compensar a falta de sal da apresentação. Felizmente era apenas um cenário brega e desnecessário. A banda tem boa presença de palco e, assim como os ingleses do Arctic Monkeys no dia anterior, entrou com o jogo ganho.

Apesar de toda a afetação do cenário, roupas e filme de abertura, o Killers é uma banda animada e muito competente, que não tem vergonha do sucesso e não tenta fazer um show difícil. Ao contrário, mandaram um hit após o outro, deixando a tenda em ponto de ebulição. O grande calor e umidade fizeram Brandon Flowers se enxugar constantemente, mas o cara não perdeu a pose. Com seus trejeitos estranhos, ele comandou a platéia como uma orquestra afinada, que cantou a plenos pulmões a maioria das músicas, visivelmente inflando o ego dos americanos. O baterista Ronnie Vannucci também faz uma apresentação mais solta, ao contrario do restante da banda, que prefere a discrição. Mesclando músicas de seus dois álbuns, a apresentação correu em clima de festa e cada vez que os americanos anunciavam canções como “When You Were Young”, “Somebody Told Me”, “Bones” e “Mr. Brightside” o chão literalmente tremia. Apesar da profusão de teclados e de toda a pompa, o Killers faz um belo show de rock, capaz de agradar até quem não é muito fã da banda.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Arctic Monkeys no Tim Festival

Aqui começa uma série de resenhas sobre o Tim Festival 2007, que aconteceu no último final de semana no Rio de Janeiro, em São Paulo, Vitória e Curitiba. Nessa primeira parte, falaremos sobre os shows do palco Novo Rock UK, que aconteceram sexta-feira no Rio de Janeiro.

A edição carioca do Tim Festival deste ano teve uma bela estrutura montada na Marina da Glória na beira da Baía de Guanabara. A área comum era voltada para o mar e reproduzia conteiners de portos, coloridos e iluminados, com alguns bares e lojas. Infelizmente, a chuva intermitente fez com que o público tivesse que se refugiar nas áreas cobertas algumas vezes. Dentro da tenda onde aconteceram os shows de Hot Chip e Arctic Monkeys, no entanto, o calor era intenso. A apresentação do Hot Chip começou com um pequeno atraso e botou o público para dançar. Este resenhista, entretanto, não conhece muito de música de robôs e não pode comentar o show com maior profundidade. A banda é composta por cinco tecladistas que eventualmente cantam, tocam guitarra e baixo, mas na maior parte do tempo se limitam a apertar botões que geram batidas repetidas e barulhinhos eletrônicos. O público já era bem grande e pareceu gostar do som dos ingleses, que saíram aplaudidos do palco.

Após alguma enrolação, a grande atração da noite subiu ao palco. O Arctic Monkeys já entrou em cena com o jogo ganho, mas apesar da empolgação do público, o inicio do show foi meio morno, com algumas falhas no som e uma banda que se mostrava excessivamente quieta. Alex Turner, com seu traje nerd, parecia um pouco tímido demais, mas os problemas do som foram rapidamente concertados e o show foi esquentando a partir da execução de “Brianstorm”, ótima música que abre o segundo disco do quarteto. Daí pra frente a tenda pegou fogo, os espectadores pularam, bateram palmas e cantaram junto até as partes instrumentais, mas tiveram alguma dificuldade em entender o inglês do vocalista nas poucas vezes em que ele tentou se comunicar. O calor aparentemente foi contagiando a banda, que melhorou sua performance, mesmo parando para se enxugar no intervalo de cada canção.

A banda manteve o show animado e os maiores destaques foram as execuções de “I Bet You Look Good On The Dancefloor”, maior hit do grupo, e da ótima “Fake Tales of San Francisco”, emendada com “Balaclava”. O Arctic Monkeys dispensa qualquer elemento cenográfico, e deixa suas boas músicas falarem por si mesmas, lembrando as apresentações de grupos alternativos da década passada. Matt Helders também consegue se destacar. Com sua bateria posicionada meio de lado, entre o vocalista e baixista, o cara bate forte em seu kit e participa do show como poucos bateristas. Após cerca de uma hora e meia de músicas do EP, dos dois álbuns e uma faixa nova, os caras se despediram e foram embora sem bis, sem frescuras, sem encenações. A platéia deixou o local muito suada e com um sorriso no rosto.

Foto por Sidinei Lopes/Folha Imagem

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Go! Go! Girls! no Blackout Bar

O atraso no inicio de eventos é uma tradição nacional, parte da cultura brasileira. Em shows underground essa característica é particularmente acentuada, mas de vez em quando acontecem exageros até para os padrões do underground brasileiro. Apesar do cartaz anunciar 16h, o Pólis só subiu ao palco depois das 19h. Mesmo assim o Blackout estava bem vazio, o que pareceu intimidar a maioria das bandas, que fizeram apresentações um pouco frias. Felizmente o quarteto foi se empolgando ao longo de seu setlist que incluía músicas do seu MySpace e covers de Offspring, Audioslave e Tihuana. Você não leu errado, é Tihuana mesmo. A alternância entre canções pop punk, pop rock, e até nu metal mostrou que o Pólis ainda não definiu muito bem seu som. Nada contra a diversidade (algumas ótimas bandas moldaram seus som a partir de misturas bastante exóticas), mas a banda ainda tem músicas que lembram mais suas influencias do que uma identidade sonora própria. Geralmente o tempo se encarrega de resolver essa questão. Apesar disso, a banda executa muito bem suas composições, com destaque para a talentosa vocalista Kizia.

A banda seguinte foi o Lips, que também é conhecida por misturar estilos de rock, mas está alguns passos à frente da banda anterior em seu objetivo de criar um som próprio. A banda mostrou as músicas de sua primeira demo, como a porrada “Fuck It All”, dedicada aos casais, e um cover de “Teenage Kicks”, do Undertones. Uma boa apresentação, mesmo não sendo a melhor que o quarteto já fez. Em seguida as meninas do Keshi mostraram seu pop rock para o pequeno público da noite. Nana é certamente a melhor vocalista do rock underground brasilense e mostrou isso nos dois covers executados pela banda “Ódio”, do Luxúria e “Namorinho de Portão”, na versão Penélope. Esse último, define bem o som da banda, bastante radiofônico e muito bem feito. Destaque para a boa “Atalho”.

Em uma noite marcada pela diversidade de estilos, o Terror Revolucionário se saiu bem. Apesar de ser de longe a banda mais pesada da noite, foram bem recebidos pelo público ao mostrar seu grindcore. O vocalista Felipe desceu do palco e cantou quase todas as musicas no meio do público, quebrando o clima frio das apresentações anteriores. Tocaram ainda um cover de “Kaos Klitoriano”, da banda de mesmo nome. Uma apresentação impressionantemente veloz. Depois de um período com poucos shows, o Pulso está divulgando seu recém lançado disco, Quantas Vezes Mais Até Acertar?. Experiente, a banda mostrou segurança em sua curta apresentação, já que devido ao horário, cortaram algumas faixas de seu setlist. Por sorte, não decidiram cortar a divertida versão punk rock de “Like a Virgin”, da Madonna.

A última atração da noite foi o trio paulista Biggs. Em atividade desde 1997, Flávia, Mayra e o baterista Brown, mostraram um som que mistura influencias de Bikini Kill e L7 com o rock n roll de Stooges e MC5. Apesar do público pequeno, a banda não se intimidou e tocou com a empolgação que seu repertório, todo em inglês, merece. Curiosamente, foram o único grupo que não tocou nenhum cover, e não foi por falta de pedido. Mas a resposta foi categórica: “A gente não toca cover. Desculpa”. O show da banda ainda teve direito a um final barulhento, digno da quebradeira do Nirvana ou das apresentações do Sonic Youth. Ao final da noite, o ponto mais negativo desse Go Go Girls não foi o atraso nem o pequeno púbico, mas o próprio desinteresse das bandas que se apresentaram em ver o show dos colegas. A maioria dos grupos se contenta em chegar, fazer seu show e ir embora, sem demonstrar muito interesse por ouvir outros sons, outras bandas ou simplesmente prestigiar o evento. Como se fosse um emprego, batem seu ponto, fazem seu trabalho e caem fora rapidamente. Lamentável.

domingo, 21 de outubro de 2007

As Cinco Mais: Lips

Após uma semana de descanso, a coluna As Cinco Mais está de volta trazendo uma das bandas que se apresentará hoje no show Go Go Girls, no Blackout Bar. O Lips é um quarteto formado no início de 2006 e que se destaca pela mistura de gêneros musicais. Fazendo um som com uma pegada totalmente punk, mas que incorpora várias influências de indie rock, a banda mostra nesse As Cinco Mais que as preferências de cada integrante também são bastante ecléticas, o que faz com a banda se encaixe simultaneamente em várias “cenas” roqueiras. Vejam as listas:


Victor (vocal, guitarra)

Slipknot - Slipknot
Rancid - And Out Come the Wolves
Ramones - Anthology CD II
Blur - The Great Escape
Coal Chamber - Coal Chamber

Maria (baixo, vocal)

Weezer - Pinkerton
The Strokes - Room On Fire
The Cure - Greatest Hits
Postal Service - Give Up
Green Day - Dookie

Thito (bateria, vocal)

AC/DC - T.N.T
KISS - Destroyer
Ramones - Pleasant Dreams
The Who - todos
Andrew WK - I Get Wet

Taty (guitarra, vocal)

Yeah Yeah Yeahs - Fever to Tell
Michael Jackson - Dangerous
Ben Harper - Live From Mars
The Wallflowers - Bringing Down The Horse
Morphine - Cure For Pain

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Mais shows internacionais no Brasil


O dólar baixo tem feito a felicidade dos roqueiros brasileiros nos últimos tempos. Essa semana, mais shows internacionais foram confirmados para os próximos meses. Brasília, é claro, está fora da rota, mas não deixa de ser animador saber que o Beck vai abrir todos os shows da reunião do Police na América Latina, que acontecerão nos dias 1 e 2 de Dezembro na Argentina, dia 5 no Chile e dia 8 de dezembro no estádio do Maracanã, Rio de Janeiro. Já a dupla pós-punk estadunidense She Wants Revenge, se apresentará no festival Nokia Trends, dia 8 de Dezembro em São Paulo capital. Antes deles quem também toca em São Paulo é Eagles of Death Metal, projeto paralelo de Josh Homme, que não virá ao Brasil por ter compromissos marcados com sua banda principal, o Queens of The Stone Age. A apresentação do será no dia 28 de novembro no Clash Club, como parte do festival Motomix. Pena que as passagens de avião estão em curva ascendente.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Akon chama Brasil de México, ensaia striptease, faz playback e sai sem se despedir em SP



Já tem algum tempo que a música pop está cheia de enganações. “Estrelas” que não tocam nenhum instrumento, são incapazes de compor e até mesmo de cantar, apelando para o playback. Suas carreiras se baseiam puramente em marketing (pessoal e de seus discos) e são comandadas por produtores e executivos de gravadoras. Akon é um desses “artistas”, que poderiam ser atores, apresentadores de TV, jurados de reality show ou qualquer outra coisa, mas acabaram encontrando seu espaço na quase falida industria musical. É triste ver como a música negra que já deu ao mundo o jazz, o blues (essencial para o surgimento do rock), o funk e o soul, descambou para um monte de traficantes e pimps machistas e sem noção, contaminados por uma variante da síndrome dos novos ricos, a das novas estrelas do mundo do entretenimento. Leia aqui a boa resenha do show do rapper senegalês em São Paulo, escrita por Gabriela Belém, do portal UOL. Por algum motivo (para mim) inexplicável, 6 mil pessoas pagam por isso e ainda ficam satisfeitas. O mundo é um lugar estranho.

Foto por Alexandre Schneider/UOL

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Discoteque – Discoteque (2002)

O Discoteque existiu por um curto período de tempo e era mais conhecido como a-outra -banda-do-bil, vocalista do também finado Noção de Nada. Uma pena, pois o único disco do quarteto do Rio de Janeiro mostrava uma banda com enorme potencial, inclusive comercial. A alternância entre canções em português e inglês e entre dois vocalistas evita a repetição exagerada sem tirar a identidade do som da banda. Os vocais de Bil são facilmente reconhecíveis e imprimem emoção às canções sem soarem chorosos ou fofinhos demais. Os de Kindim, apesar de menos marcantes também são bons e dão um toque mais pop ao disco. Já as letras são, em sua maioria, simples, curtas e bastante pessoais. Apesar disso, conseguem fugir da chatice melodramática da maioria das bandas emo. Os arranjos passeiam entre os terrenos do post hardcore e do indie rock de bandas como Superchunk e Pavement, tudo com um acabamento relativamente pop. Entre as (poucas) 11 faixas, se destacam “Cantor”, “Brainstorm”, “Place” e “Tempo”. O maior problema do álbum é a gravação abafada, que não faz justiça às canções. Nada que incomode muito, mas caso algum dia o disco venha a ser reeditado, não faria nenhum mal pensar em uma remixagem ou remasterização.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Pop rock + Metal


Há algum tempo, disse aqui que tinha ouvido o tão falado Paramore e achado fraco. Não mudei de opinião, mas por questão de justiça, devo fazer algumas considerações. Após ver alguns vídeos deles tocando ao vivo, percebi que a banda conta com um ótimo baterista e uma vocalista que não fica atrás. Pode parecer besteira, mas em tempos de pro-tools é surpreendente ouvir vocais tão bons quanto os do CD em uma apresentação acústica ao vivo. O cover deles para “Best Of Me”, do Foo Fighters, também é bem legal e mostra que com composições realmente boas, a banda pode decolar. Falando em covers, nunca achei Fall Out Boy grande coisa, mas as versões que já ouvi os caras tocarem são constrangedoras, muito fracas mesmo.

***

Metal: A Headbanger’s Journey tem sido tão (bem) falado por toda a mídia que estou ficando realmente curioso. Quando a Veja elogia um documentário sobre heavy metal, é porque o filme tem alguma coisa especial. Imagino que irei me desapontar, pois isso sempre acontece quando as expectativas são altas demais. De qualquer forma, a curiosidade se soma à frustração de morar na capital do país e descobrir que o filme não está em cartaz por essas bandas. Acho que vou ter que ver a versão pixelada mesmo.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace (2007)

Ao longo do tempo, o Foo Fighters se tornou conhecido por sua mistura de rock alternativo, pop rock radiofônico e rock de arena setentista, do qual bandas como Green Day e My Chemical Romance tentaram se aproximar nos últimos anos. Nesse aspecto, Echoes, Silence, Patience And Grace não é diferente de qualquer outro álbum da banda, exceto por uma presença um pouco maior de pianos nas baladas. Após uma entrada calminha, bateria e guitarras chegam com toda força, deixando claro que o Foo Fighters ainda é uma banda de rock pesado. "The Pretender" é o primeiro single e a música de abertura de Echoes, além da melhor canção da banda em muitos anos. Alternando entre passagens leves e os tradicionais vocais gritados de Dave Grohl, a música dá o tom da primeira metade do disco.

Se no álbum (duplo) anterior, In Your Honor, a banda separou suas duas facetas em um disco cheio de rocks energéticos e outro com toda a melancolia de suas baladas quase acústicas, nesse lançamento, os caras optaram por mesclar essas facetas. A idéia foi, invés de misturar rocks e baladas no tracklist, misturar partes calmas e pesadas em cada uma das canções. São exemplos desse conceito músicas como “Erase Replace”, “Come Alive” e “Let It Die”, que causou controvérsia por supostamente versar sobre Kurt Cobain e Courtney Love, algo que não foi nem confirmado nem desmentido por Grohl.

Apesar dessa mistura ser a maior marca de Echoes, não faltam sons que fujam à regra. “Long Road To Ruin” e “Cheer Up Boys, Your Makeup Is Running” (um recado aos emos?) são representantes legítimas dos hits pops do Foo Fighters. Com bom potencial radiofônico, ambas ajudam a tornar o álbum mais divertido. Já “The Ballad of the Beaconsfield Miners” e “Stranger Things Have Happened” fazem lembrar que Eddie Vedder não está sozinho em sua devoção a Neil Young. Folk até o osso, as duas faixas quebram o ritmo e dão um toque sulista ao disco. “Statues” também se destaca por soar tão absurdamente setentista que poderia estar na trilha sonora de Quase Famosos e ninguém desconfiaria não se tratar de uma música da época.

Infelizmente, Echoes perde um pouco o fôlego em sua segunda metade, com várias baladas se sucedendo, o que acaba por matar o álbum antes de seu final. Por sorte, grande parte das versões do disco vem com uma música extra em seu final. “Once and For All” é creditada como uma demo, mas soa tão finalizada, bem produzida e gravada quanto todas as outras faixas. Não é uma canção excepcional (na verdade lembra várias outras músicas da banda), mas traz a energia de volta e deixa claro que apesar de escrever ótimas baladas melancólicas, a maior contribuição de Dave Grohl à música são seus rocks radiofônicos gritados a plenos pulmões.

sábado, 6 de outubro de 2007

As Cinco Mais: Dead Fish

Durante a última passagem dos capixabas do Dead Fish por Brasília, Rodrigo Lima, vocalista da banda, concedeu ao Rock N Cigarettes a lista dos cinco melhores álbuns de sua vida. Procurados pelo blog, os outros membros do Dead Fish não se pronunciaram. Algumas das escolhas de Rodrigo podem parecer estranhas aos fãs da banda, mas são todos discos fundamentais dentro do seu estilo ou subgênero musical. Se você não conhece algum desses álbuns, corra atrás de ouvi-los, porque ninguém é obrigado a gostar de nenhum artista, mas deve pelo menos conhece-los, nem que seja para falar mal. E aí, alguém se arrisca a achar influencias de Jamelão no som do Dead Fish?

Rodrigo Lima

Bad Brains – Banned In DC
Gorilla Biscuits – Start Today
Ratos de Porão – Anarkofobia
Public Enemy – It Takes a Nation of Millions to Hold us Back
Jamelão – Romântico Demais

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

6° Móveis Convida

Já que a moda é notícia velha, vamos ressuscitar o Móveis Convida também:


A noite da sexta edição do Móveis convida começou quase na hora prevista com o Velhos Usados e a maioria das pessoas ainda estava do lado de fora comprando cerveja (que custava o mesmo dentro e fora do Centro Comunitário) e fazendo um social. A banda, que alguns insistem em comparar ao MCA, até que é um bom show de abertura, mas ainda passa longe da originalidade dos anfitriões da noite.


E falando em originalidade, ela não foi o que faltou quando o Canastra subiu ao palco tocando o hino nacional. O vocalista Renato Martins confessou depois na comunidade do orkut que ficou impressionado com a quantidade de pessoas cantando junto. Começando com um set parecido com o do dia anterior na Fnac (hino nacional + mesma fala de abertura + chega de falsas promessas), o Canastra logo pegou outro caminho e fez um bela mistura de música velhas e ainda não usadas com novas e cheias de frescor. Meu Capputiino, Pomo de Adão, diabo apaixonado, miss simpatia e outras tantas se entrosaram muito bem com os covers de Viva Las vegas e de besame mucho. O show foi infernal e fez jus a reputação de gigantes no palco. Difícil não se impressionar com o performance no contrabaixo acústico de Edu Vilamaior ou ficar sério perante o jogo de cartas de Marco Serragrande e Marcelo Magdaleno nas músicas sem naipe de metais. O show conquistou muitos que nem mesmo conheciam a banda e conseguiu agradar até a alguns fãs do Teatro Mágico.


Aliás, o público do Teatro merece um capítulo à parte. É sempre tocante presenciar um público com tamanha paixão por uma banda. Neste ponto, o Teatro tem o público perfeito. Uma multidão que canta tudo a plenos pulmões. O problema é que pra cada menina distribuindo balões, pra cada rosto pintado naquela platéia, para cada malabar, tinha cinco mau educados empurrando todo mundo num frenesi para chegar a frente do palco e outros tantos atrapalhando o show das outras bandas. O público do Teatro Mágico está caminhando para se tornar tão fanático e babaca como o público dos Los Hermanos da turnê do Quatro. O que é uma pena, já que isso vai contra a própria proposta do grupo, como aliás, também aconteceu com os barbudos.


Ver a trupe do Teatro Mágico ao vivo é uma experiência incomparavelmente superior a qualquer MP3. Se nas música a banda nem sempre faz jus ao nome, ao vivo não se pode outra usar palavra se não espetáculo. Todo mundo é performático nessa banda, quer dizer, trupe. Ao vivo dá pra entender a diferença. Existe uma ingenuidade e um romantismo tipicamente circenses no show do Teatro, números de trapezistas, malabares e palhaços são quase esperados,e mesmo assim causam perplexidade. E em tempo: esqueça Cat Power, Bianca Jordão ou Vanessa Krongold ou qualquer outra menina de banda. Quando você ver Gabi, a palhacinha e malabarista do TM você VAI se apaixonar.


Surpresa mesmo foi ver o fôlego dos donos da casa ao entrarem após o Teatro. A multidão que até então tinha sido roubada pela ilusão do Teatro Mágico subitamente acordou e clamava pela banda antes mesmo dela começar. Tocando músicas novas e muitos covers de Raul Seixas o MCA fez um apresentação de fazer todos se mexerem, como sempre aliás, e terminaram em grande estilo com a tradicional roda de balalaica bombada por membros do Teatro Mágico e do Canastra. Fernando "Goma" Oliveira do Canastra, inclusive passou o resto do show pogando com a galera. Uma noite como essa só poderia acabar com as três bandas no palco na versão Móveis de se essa rua fosse minha.


A banda caprichou nos convidados, dificilmente outra banda, além do próprios MCA, seguraria a onde de tocar depois do energético show do Canastra como conseguiu o Teatro Mágico, e poucas bandas poderiam ter tocado para um público ávido de performance como o do Teatro além do Canastra. Sem sombra de dúvida o melhor de todos Móveis convida, lado a lado com o da Orquestra Imperial. Fica a pegunta: e agora, o que virá depois?


P.S.: Uma entrevista com Renato Martins do Canastra feita por este que vos escreve pode ser lida aqui .

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

A revolução do Radiohead

A notícia é um pouco velha, mas no último final de semana o Radiohead anunciou a data de lançamento do seu novo trabalho, In Rainbows. Dia 10 de Outubro. A data tão próxima pode parecer uma nova estratégia para evitar o “vazamento” do álbum, coisa absolutamente comum estes dias. Mas aparentemente não foi essa idéia que motivou o grupo inglês, que está vendendo In Rainbows através de seu site oficial em dois formatos: Download e Discbox.

Discbox é uma caixa com 2 CDs e 2 discos em vinil, incluindo músicas inéditas, encarte especial e fotos digitais da banda, que custa 40 libras, incluindo frete para qualquer parte do mundo. Enquanto aguardam a caixa chegar em suas mãos no dia 3 de dezembro, os fãs poderão baixar as faixas do site de graça. Já aqueles que escolherem comprar as músicas diretamente em mp3 poderão pagar por elas o quanto quiserem. Isso mesmo, você escolhe o preço que achar mais justo, a partir um pence (um centavo de libra esterlina). Mais ou menos 3,73 centavos de real.

A notícia causou grande impacto na industria musical, e especialistas da área estão considerando a estratégia de venda de revolucionária. Na verdade a forma que a banda escolheu comercializar seu novo álbum é apenas mais um passo na grande revolução que começou há quase uma década. Longe de terminar, tem mudado drasticamente o modo como lidamos com a música e, principalmente, o modo como ela é comercializada. Os efeitos positivos para a produção cultural, e negativos para a industria musical podem ser vistos (e ouvidos) todos os dias. É só prestar atenção e fazer uma breve comparação com o passado. O assunto já foi discutido no Rock N Cigarettes aqui e aqui. Confira o tracklist de In Rainbows abaixo:

CD 1 e LP
"15 Step"
"Bodysnatchers"
"Nude"
'Weird Fishes/Arpeggi"
"All I Need"
"Faut Arp"
"Reckoner"
"House of Cards"
"Jigsaw Falling Into Place"
"Videotape"

CD 2
"MK 1"
"Down is the New Up"
"Go Slowly"
"MK 2"
"Last Flowers"
"Up On The Ladder"
"Bangers and Mash"
"4 Minute Warning"

***

Falando em era digital, os escoceses do Fratellis estarão lançando no dia 8 de outubro um DVD chamado Edgy in Brixton, que trará um show da banda no famoso Brixton Academy, em Londres, cenas de backstage e todos os video-clipes dos caras. A versão digital do DVD já está a venda no site 7 Digital, por cerca de 10 libras.

sábado, 29 de setembro de 2007

As Cinco Mais: Prótons

Após uma breve pausa, a coluna As Cinco Mais está de volta. Essa semana, vamos descobrir as preferências musicais de Álvaro Dutra e Bianca Martin, chefões da gravadora Prótons, especializada em punk rock e afins. Criada em 2001, a gravadora acabou de colocar na praça o primeiro CD do Pulso e deve lançar em breve o debut dos Dissonicos. A obra-prima do Dead Kennedys, Fresh Fruit for Rotting Vegetables, de 1980 é o ponto em comum das duas listas, ambas old school até os ossos. Semana que vêm será a vez dos caras do Dead Fish mostrarem os álbuns que marcaram suas vidas. Aguardem.

Bianca Martin

Dead Kennedys – Fresh Fruit for Rotting Vegetables
Circle Jerks – VI
Cólera – Pela Paz em Todo o Mundo
Ramones – Rocket to Russia
Crass – Stations of the Crass

Álvaro Dutra

Mr Bungle – Mr Bungle
Misfits – Collection I
Dead Kennedys – Fresh Fruit for Rotting Vegetables
Operation Ivy – Energy
Minor Threat – Complete Discography

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Sum 41 - Underclass Hero (2007)

O Sum 41 nunca foi uma grande banda, daquelas que surpreendem ou que são as melhores naquilo que fazem. Até esse lançamento, porém, podia-se dizer que os canadenses tinham alguma personalidade, algo que os destacava da massa de bandas pop punk que apareceram na virada da década. Não mais. Underclass Hero é pouco mais do que um amontoado de canções claramente inspiradas em outras.

A música-título abre o álbum anunciando a falta de criatividade que se seguirá pelas outras 13 faixas. Auto-plágio descarado, “Underclass Hero” tem todas as características de “Fat Lip”, primeiro sucesso do Sum 41. Em seguida, começa-se a perceber o rumo que o álbum tomará. “Walking Disaster” e “Dear Father” exalam Blink 182 por todos os poros e “Speak Of The Devil” mostra que, além de Tom, Mark e Travis, Deryck Whibley tem ouvido bastante Green Day. “Count Your Last Blessings” dá a falsa esperança ao ouvinte de que as coisas podem melhorar na segunda metade do disco, apenas para começar a chupar American Idiot em músicas como “March Of The Dogs”, “The Jester” e “With Me”. Apenas “King Of The Contradiction”, um hardcore veloz com alguma influencia metaleira, se salva, mostrando algum sinal de criatividade. Mas as baladas ora chupadas de Green Day, ora de Blink 182, se seguem até o tedioso final de Underclass Hero, com a faixa escondida “Look At Me”.

Não é exatamente um álbum ruim, apenas medíocre, até porque os caras tiveram o bom senso de buscar inspiração nos melhores representantes do pop punk californiano (não confundir com bubblegum punk), aqueles que são referência para todos os clones que ainda hoje aparecem por aí. Mas se há algum mérito nesse Underclass Hero é apenas representar a sobrevivência da banda à saída do guitarrista Dave Baksh, aparentemente o maior responsável pelas influencias metaleiras que o Sum 41 ostentava. Resta saber de o frontman Deryck Whibley vai sobreviver a seu casamento com a cantora / atriz Avril Lavigne.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Lesto convoca Dead Fish


A inexistência de casas de show em Brasília leva as produtoras locais a procurar todo tipo de alternativa. Dessa vez encontraram a Churrascaria Floresta, na galeria dos estados. Surpreendentemente, o local se mostrou bastante apropriado e com algum aperto, conseguiu comportar toda a fauna presente. Fauna esta bastante diversificada, talvez por conta da localização central da churrascaria, próxima à rodoviária e ao metrô, ou mais provavelmente pelo fato do Dead Fish ser quase unanimidade entre o publico roqueiro. O show estava comemorando o lançamento do segundo álbum do Lesto, Para Todos Aqueles, mas os caras o encaixaram no projeto Lesto convoca (aparentemente nos mesmos moldes do já famoso Móvies convida), e escolheram para essa edição o Dead Fish, mesmo sabendo que os capixabas acabariam sendo a maior atração da noite.

Com um palco que se mostraria mais tarde um pouco baixo, mas com iluminação e som extremamente profissionais, o Ilustra começou sua apresentação pontualmente às 18h30. O público no local já era razoável e a banda mostrou porque tem rapidamente conquistado espaço na cena da capital. Apesar de ser relativamente nova, os caras se postam no palco como se fossem sucesso nas FMs, tocando bem e se comunicando com quem os está assistindo. No screamo do Ilustra quem se destaca de verdade é o vocalista Júlio, que tem jeito de rockstar e comanda a apresentação. A atração seguinte, o Linha de Frente, levou seu público sXe à Floresta para um show de ballet-acrobático-hardcore. O público já estava bem grande, assim como a roda que se formou no meio do salão. Com seus tradicionais discursos, os caras agradaram apesar da ausência do vocalista Maneko que, se não faz muita falta no som da banda (são 3 vocalistas), se mostrou essencial para a apresentação de palco do Linha de Frente.

Era hora dos anfitriões da noite darem continuidade à gritaria. O Lesto mostrou seu novo disco para os brasilienses, além de sons conhecidos do trabalho anterior. O hardcore dos caras é cheio de influencias metaleiras, mas seus genes não deixam dúvida da descendência novaiorquina do som de bandas como Gorilla Biscuits, Madball e Sick Of It All. O vocalista Bruno berrou com toda a força que uma garganta pode berrar na atmosfera desértica da capital. Os 10 por cento de umidade relativa pareceram afetar os vocalistas das 3 bandas, que não fizeram feio, mas já foram vistos em melhores performances vocais. Os 3 shows foram relativamente curtos (cerca de 30 minutos), mas do tamanho ideal para uma noite com 4 bandas. Qualidade é sempre melhor que quantidade.

Ao som de “Ei, Dead Fish, vai tomar no cu”, por volta das 21hs, os capixabas subiram ao palco para seu primeiro show na cidade desde a apresentação no Porão do Rock de 2005. “Sonho Médio” abriu a apresentação levando o grande público à loucura. Gente pulando, berrando, crowd surfing, uma grande roda punk e até Straight Edges pisando na cabeça da galera. Na primeira parte do show houve uma predominância de musicas da fase independente da banda, como “Afasia”, “Proprietários do 3° Mundo” e “Paz Verde”. Quase todo o público conhecia as canções, mostrando que mesmo depois do contrato com a Deck Disk, o Dead Fish continua com uma base sólida de fãs hardcore. A segunda parte foi dominada por músicas dos dois últimos álbuns, como “Zero e Um”, “Você”, “Bem-vindo ao Clube”, “Obrigação” e “Exílio”. Foi nesta parte do show, com composições bem trabalhadas e o som de ótima qualidade, que os guitarristas Hospede e Philippe se destacaram, mostrando do que são capazes.

Nesse ponto do show, com o clima detestável do cerrado em setembro, o salão lotado havia se transformado em uma sauna, mas a empolgação da banda e dos fãs não diminuiu nem um pouco. Os caras tocaram até a antiga “Third World Friendship”, que não estava no setlist. A última parte da apresentação também foi para os fãs old school da banda, com hardcores rápidos como “Molotov”, em que Rodrigo, vocalista da banda, pulou a grade de proteção e entrou na roda, deixando para o público a função de cantar a música. Depois de mais ou menos uma hora de show e frases de efeito como “a gente não vai embora nunca mais” e a clássica “sou eterno nessa Brasíla”, a banda saiu do palco ouvindo pedidos para que voltassem e tocassem o hit “Noite”, mas não foi dessa vez. Um show para ficar na memória dos presentes, muitos deles completamente molhados de suor ao final da noite.

foto roubada de www.fotolog.com/pulsomania

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Indie sex tape

No dia 11 de setembro os White Stripes cancelaram parte de sua turnê por que a baterista Meg White estaria sofrendo de “ansiedade aguda”. O jornal americano The Post Chronicle indagou hoje se a ansiedade de Meg não se deve a mais nova celebrity sex tape que vazou na net há pouco tempo. Isso mesmo. A procedência do vídeo não é confirmada, mas que parece a baterista do duo, parece. Veja você mesmo baixando aqui ou aqui. Depois da pioneira Pamela Anderson, de Paris Hilton, de Daniela Cicarelli, do suposto vídeo de Britney Spears e agora de Meg White, o que mais podemos esperar? Quem será a próxima? E como ela vai faturar em cima do vídeo?

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Como o Rock N Cigarettes é “maria vai com as outras”, também vamos noticiar que Mano Brown, vocalista dos Racionais MC’s será o entrevistado de hoje no famoso programa Roda Viva da TV Cultura de São Paulo. Em Brasília o programa é transmitido pela TV Nacional, canal 2, a partir das 22h40. É bom aproveitar a chance, porque Mano Brown dificilmente dá entrevistas, principalmente a meios de comunicação burgueses.

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Em breve estará no ar a resenha do show lançamento do novo álbum do Lesto, que contou com a banda capixaba Dead Fish, e aconteceu ontem em uma sauna no centro da cidade. Mais Dead Fish no final de semana.

Atualização

A assessoria de imprensa do White Stripes soltou hoje uma nota negando que a garota no vídeo seja Meg White. Uma nota da assessoria da banda também não quer dizer muita coisa, mas aí vai a tradução: "Algumas pessoas tem um senso de humor bastante alterado e essa brincadeira é particularmente de mau gosto. A gravação com suposta participação de Meg White circulando na internet é falsa. Definitivamente não é a Meg".

sábado, 22 de setembro de 2007

The Best Of The Libertines

Pode parecer ridículo, mas no dia 29 de outubro será lançado um Best Of da finada banda londrina The Libertines. O quarteto, que se separou em 2005, tem dois discos lançados, Up The Bracket, de 2002, e The Libertines, de 2004. O álbum irá se chamar "Time For Heroes - The Best Of The Libertines", e terá o seguinte tracklist:

'Up The Bracket'
'Time For Heroes'
'Mayday'
'Don't Look Back Into The Sun'
'Tell The King'
'What Katie Did'
'Can't Stand Me Now'
'What A Waster'
'The Delaney'
'Boys In The Band'
'Death On The Stairs'
'I Get Along'
'What Became Of The Likely Lads'

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A recém-nascida coluna As Cinco Mais já está tirando férias este sábado, mas volta com a corda toda daqui a uma semana. Promessa.

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O Rock N Cigarettes é um blog comunitário sobre o universo Rock N Roll. Se você quiser se tornar um colaborador, mande um e-mail para rockncigarettes@gmail.com. Se quiser nos xingar, elogiar ou apenas expressar suas opiniões, deixe um comentário. A participação dos leitores é muito importante para nós. Boa leitura.

Blog: rockandcigarettes.blogspot.com/
Flog: www.fotolog.com/rockncigarettes
Comunidade: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=36896641
e-mail: rockncigarettes@gmail.com

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

29 de outubro

O Sex Pistols vai se reunir para um único show em comemoração aos 30 anos do lançamento de sua obra-prima Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols. A apresentação acontecerá no dia 8 de novembro no famoso Brixton Academy, em Londres, é claro. Never Mind the Bollocks vai ser relançado no dia 29 de outubro em um pacote igual ao das 50 mil primeiras cópias do álbum lançado em 1977: um vinil cheio com as 11 faixas do álbum, um vinil de 7 polegadas contendo apenas “Submission” (que por acidente ficou de fora da primeira prensagem do disco) e um pôster. Os 4 singles de Never Mind the Bollocks, "Anarchy in the UK", "God Save the Queen", "Pretty Vacant" e "Holidays in the Sun", também serão relançados. "God Save the Queen”, foi lançado em data próxima à do jubileu de prata da rainha Elisabeth II e foi impedido pelas autoridades de alcançar o primeiro posto das paradas inglesas. O lendário semanário musical NME (enemy?) está lançando uma campanha para que seus leitores comprem o a nova versão do single e coloquem-no na primeira posição. Essa será a terceira reunião dos Sex Pistols, que depois de sua separação em 1978, já fizeram turnês em 1996 e 2003.

***

Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, compôs uma trilha sonora para o novo filme de Sean Penn, Into The Wild, que se baseia no livro de mesmo nome escrito por Jon Krakauer. A capa do disco, que será lançado nos EUA dia 29 de outubro, pode ser vista alí em cima. O tracklist do lançamento pode ser visto aqui em baixo:

"Setting Forth"
"No Ceiling"
"Far Behind"
"Rise"
"Long Nights"
"Tuolumne"
"Hard Sun"
"Society"
"The Wolf"
"End of the Road"
"Guaranteed"

Fonte: omelete.com.br

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Festivais pelo país

Há algumas semanas anunciamos o line-up do enorme Tim Festival, que acontece entre os dias 25 e 31 de outubro no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Vitória.

Essa semana o Goiânia Noise Festival também anunciou algumas de suas atrações, entre elas 6 bandas gringas, quase todas desconhecidas. DT’s (EUA), Battles (EUA), The Legendary Tiger Man (Portugal), Rubín (Argentina), Perrosky (Chile) e Motosierra (Uruguai) se apresentarão na 13ª edição do festival, que acontece de 23 a 25 de novembro.

Já o Festival Planeta Terra, que acontece no dia 10 de novembro em São Paulo, anunciou as principais atrações de sua primeira edição. Lily Allen, Kasabian, Rapture, Datarock, os veteranos new wave Devo, e as brasileiras (e brasileiro) do Cansei de Ser Sexy vão mostrar seu som no desconhecido Galpões Savoy, na zona sul da capital paulista. Os ingressos custam R$ 80 e estão à venda via Ticketmaster.

E em Brasília?