quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Kathleen Hanna canta Nirvana

Kathleen Hanna, eterna vocalista da banda feminista Bikini Kill, participou no último dia 15 do programa Our Hit Parade, onde cantou pedaços do mega-hit "Smell Like Teen Spirit" do Nirvana e de "Rebel Girl" de seu falecido grupo. Mas o destaque mesmo vai para os casos contados por Hanna ao som de piano. Kathleen mostra um belo domínio de palco não apenas cantando à frente de uma banda, mas também contando histórias de sua juventude ao lado do amigo que cheirava à desodorante. É um grande prazer para fãs da moça e de Nirvana ouvir casos famosos (e outros nem tanto) da história do rock underground da década de 90 da boca de uma das principais personagens da cena de Seattle. Infelizmente não há tradução para o português, mas ainda assim vale muito a pena dar uma conferida.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Zander no Art Garage


No domingo, após as alegrias e tristezas da última rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol, um bom número de roqueiros se reuniu no Art Garage para assistir a seis shows de hardcore. A principal atração da noite era a banda carioca Zander, comandada pelo vocalista, multi-instrumentista e compositor Bil, famoso por seu trabalho em grupos finados como Noção de Nada e Deluxe Trio. O evento estava marcado para as 17h, mas houve certo atraso para o inicio das atividades.

Na abertura do evento, apresentaram-se Rainha Vermelha, os goianos do Atomic Winter, Hellena, Perfecto e Dias. A maior parte do público era ligada à cena hardcore, muitos deles straight edges. Era natural, portanto, a presença de uma barraquinha de comida vegana convivendo em perfeita harmonia com o bar do local. Também havia várias bancas de CDs e merch das bandas que se apresentariam durante a noite. O esquema todo só foi desmontado quando a chuva começou a cair durante o penúltimo show da noite, da banda Dias.

O Zander subiu ao degrau do Art Garage por volta das 23h30, um pouco tarde para um domingo, mas o horário não desanimou os fãs do quinteto. Com o som um pouco embolado a banda carioca começou a apresentação tocando vários sons de seu álbum de estréia, o ótimo Brasa, que estava à venda no local por apenas R$10. Enquanto canções como "Humaitá" e "Motim" eram executadas com muita energia pelo grupo, o apertado salão foi tomado por violentas rodas de pogo e crowd surf. Se o local permitisse, provavelmente também haveria muitos stage dives e até os head walks praticados pelos mais sem noção.

Após o inicio focado em Brasa, as músicas dos dois EPs que precederam o álbum começaram a aparecer e foram recebidas com igual empolgação pelos presentes, que cantavam junto canções mais conhecidas como "Auto Falantes" e a excelente "Pólvora", e não pararam de agitar nem durante músicas mais lentas como "Dialeto", "Em Construção" e "Meia Noite". A apresentação seguiu com essa boa interação entre a banda e o público até o seu final, sem bis, ou qualquer frescura mainstream.

No entanto, nem todos aguentaram o calor extremo que fazia dentro do pequeno Art Garage. As janelas fechadas (talvez em função do pé d'água que caia do lado de fora) e o teto muito baixo não ajudavam a melhorar a o ambiente, que foi ficando cada vez mais úmido. No final da apresentação, a sensação era de se estar vendo um show em uma caverna. Na verdade, à exceção das duas primeiras fileiras imprensadas contra o degrau, também não se estava vendo muita coisa, mas apenas escutando, o que prejudica um pouco a experiência de assistir a uma banda com músicos experientes e com boa presença de palco.

Claro que com os perrengues ficam memórias únicas, como a chance de ver Nenê Altro do Dance of Days quase ser esmagado contra o teto da Zoona Z durante um crowd surf, mas já passou da hora de Brasília ter uma casa de shows minimamente adequada para shows pequenos como o do último domingo. Aliás, também falta à cidade casas de shows para eventos médios, mas não parece que veremos a solução para a falta de estrutura em breve. Por enquanto, os roqueiros da capital continuarão vendo (ou apenas ouvindo) ótimos shows em lugares como Art Garage. Paciência.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A história do Rock N Roll

Novas postagens em breve. Por enquanto, um pouco de humor por Eduardo Medeiros.