quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Novidades do Green Day, Rancid e Blink 182


Essa aí em cima é a capa do novo disco do Green Day, 21st Century Brakdown, que será lançado em maio. Confesso que achei a imagem mais ou menos. Aparentemente o álbum é dividido em 3 “atos”: Heroes And Cons, Charlatans And Saints e Horseshoes And Handgrenades, com várias músicas cada. Trata-se, portanto, de outra opera rock, mas ao que tudo indica não tem qualquer conexão com o disco anterior da banda, American Idiot.

A revista estadunidense Alternative Press já havia publicado uma matéria com a banda em dezembro do ano passado. Na ocasião, tiveram a oportunidade de escutar algumas das faixas do disco novo, sobre as quais teceram comentários mais ou menos elogiosos. Procurem os scans por aí, vale a pena. Se o Green Day não se perder em suas próprias pretensões, 21st Century Brakdown tem tudo para ser um dos principais lançamentos do ano, mesmo após tanto tempo longe da mídia.

2009, aliás, parece que vai ser bastante agitado para os fãs de pop-punk-rock-hardcore-e-afins. Sem lançar nada desde 2003, o Rancid está terminando as gravações de seu próximo trabalho, que tem produção de Brett Gurewitz, o famoso guitarrista do Bad Religion e dono da Epitaph Records, gravadora que definiu uma geração do rock underground dos EUA. 

Mr Brett já havia produzido o 2º álbum homônimo da banda, em 2000. Na época o trabalho impressionou por ser o mais sujo e rápido do quarteto. Esse novo disco será o primeiro do Rancid sem o baterista Brett Reed, que deixou a banda há alguns anos e foi substituído por Branden Steineckert, que tocava na banda emo The Used.

A outra novidade que está mexendo com os fãs é a volta do Blink 182. O trio anunciou sua volta no último domingo na emtrega dos prêmios Grammy, que todo mundo sabe do que se trata (o Oscar da indústria musical e blá, blá, blá). A banda prometeu novidades para o próximo verão gringo, o que significa provavelmente uma turnê em junho ou julho. Eles também vão gravar outro disco, mas ninguém sabe se sai ainda esse ano. Pouco provável. Nada como uma tragédia pra unir as pessoas, certo? Geoge W Bush sabe bem como funciona.

Mas mau humor a parte, o disco cria grandes espectativas, após a recepção morna aos trabalhos do Angel And Airwaves de Tom DeLonge, e do +44 de Mark Hoppus e Travis Barker. Para mim, o AVA se encaixa perfeitamente naquela onda que falei do Green Day de se perder nas próprias pretensões. O +44 eu acho um pop-indie-punk bem mais honesto e divertido.

Será também curioso ver se abanda vai voltar ao velho som que os consagrou, ou vai dar continuidade às experimentações do último disco, de 2003. Sinceramente, acho que se eles tentarem repetir Enema Of The State, vão se dar mal. Eles não são mais os mesmo, a década também não. Mas espero algo melhor que o disco homônimo, que é bom, mas chato. Aliás, o excesso de expectativas é a primeira batalha que o trio vai ter que ganhar.

O site da MTV americana tem um ótimo artigo escrito pelo jornalista James Montgomery, que conta que foi um grande fã da banda quando adolescente e que esqueceu dos caras quando entrou para a universidade e virou jornalista. Ele queria ouvir um som mais adulto e mergulhou de cabeça no rock-de-jornalista. Mas a volta do Blink deixou o cara nostálgico e ele não consegue se segurar de tanta empolgação e ansiedade. O nome do artigo é “A reunião do Blink 182 vai mudar o mundo?”. São tempos messiânicos nos EUA, mas confesso que a expectativa com os três lançamentos é grande aqui no Rock N Cigarettes também.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

The Loved Ones – Distractions (2009)

O primeiro álbum do Loved Ones é marcado por punk rocks energéticos e relativamente acelerados. Já o segundo, abre espaço para pianos e influencias como Bruce Springsteen e folk rock. Neste novo EP, o quarteto da Philadelphia dá segmento a essa evolução musical, para-doxalmente, com algumas gra-vações antigas.

Entre as seis faixas de Distrac-tions estão três covers e uma música própria, todos b-sides do primeiro disco. Apesar de metade das faixas não ser composição do próprio quarteto, as músicas fazem sentido juntas, já que eles regravaram apenas influencias declaradas para o som da banda.

A faixa-título abre o EP com o mesmo feeling do último lançamento dos caras, assim como a faixa seguinte “Last Call”. Ambas são bons punk rocks mais lentos, com pianos e teclados. Já “Spy Diddley”, gravada nas seções de Keep Your Heart, acelera um pouco as coisas e deixa a dúvida de porque não foi incluída no tracklist do disco.

A segunda parte de Distractions é dedicada aos covers. Curiosamente, o compositor menos conhecido do pacote rende a melhor das três faixas. “Lovers Town Revisited”, de Billy Brag, se encaixa muito bem no conjunto de canções da banda. Mas quando o quarteto abre mão de sua formação punk rock, para apostar apenas no clássico “voz e violão” (ou voz e guitarra), o resultado não é tão impressionante. “Coma Girl”, de Joe Strummer, e “Johnny 99”, de Bruce Springsteen, não tem o mesmo impacto das outras 4 faixas, apesar dos vocais seguros de Dave Hause.

No final, Distractions é apenas o que o nome anuncia: uma boa distração que deve agradar os fãs até que saia o próximo trabalho da banda, ainda sem data de lançamento. Mas não é nem de longe tão bom quanto o último lançamento da banda.