terça-feira, 29 de abril de 2008

Independente Futebol Clube

Circuito Fora do Eixo lança portal para expandir e fortalecer a produção musical independente.


No ar desde o início do mês, o portal Fora do Eixo se destina a abastecer produtores, bandas e jornalistas com informações e discussões sobre a produção independente em todo território nacional. Parte de um projeto maior - o Circuito Fora do Eixo - o site obedece à lógica da livre circulação de informação e é gerido por membros dos coletivos que integram o projeto. No entanto, a comunicação externa ainda é fraca.

Fundado em 2005, o Circuito Fora do Eixo é uma associação de produtoras de eventos, bandas, jornalistas e casas de shows, que procura integrar e estimular a produção musical independente principalmente nos estados que se encontram fora do alcance do eixo Rio-São Paulo. “As metas iniciais eram promover ações que estimulassem a circulação de bandas, produtores e jornalistas, bem como estimular o escoamento de produtos culturais”, explica Marielle Ramires, coordenadora de comunicação do Espaço Cubo, um dos coletivos fundadores do projeto.

Além de informar o público geral e os associados, o portal Fora do Eixo tem o objetivo de aumentar a integração dos diversos setores produtivos da industria musical independente em cada estado. Para gerenciar o site, foi criado um conselho gestor e três “núcleos”: marketing, administrativo e de produção de conteúdo, que conta com editores de Web TV, Web Rádio, Fotografia e Redação.

André Kalil, produtor executivo da Torneira Produções Independentes, única representante de Brasília no Circuito, diz que sua empresa é co-responsável pela área de marketing e redação. “Auxiliamos os grupos de edição, enviando pautas à central”, explica. A Torneira lançou recentemente a Web TV Torneira, um canal no site YouTube que, segundo Kalil, fará parte da Web TV Fora do Eixo. “Ali disponibilizaremos vídeos de nossos eventos”.

Apesar de aumentar a troca de informações entre os associados, o portal ainda não cumpre bem a função de informar a imprensa e o público consumidor de cultura. Muito fechado em si próprio, o Circuito reclama, como todos no meio independente, da falta de exposição e espaço na mídia, mas não tem um sistema eficiente de assessoria de imprensa, por exemplo.

Projeto busca novos caminhos

O Circuito Fora do Eixo funciona de forma horizontal, como uma rede de distribuição de informações e produtos, e a representação local é feita pelos associados, que desenvolvem seus próprios projetos, além de participar de iniciativas integradas do projeto. Atualmente, o Circuito tem representação em 18 estados brasileiros, entre eles todos os das regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.

Apesar do nome, hoje o projeto também tem representação no Rio de Janeiro e em São Paulo. “Há muita gente ‘fora do eixo’ no eixo. A questão transpõe a perspectiva geográfica. ‘Fora do eixo’ revela uma condição política”, defende Marielle Ramires. Ainda segundo ela, qualquer coletivo, produtora ou núcleo de produção que se dedique à cultura independente no país pode participar.

Tornar a produção musical independente auto-sustentável é o objetivo final do Fora do Eixo, que tem um sistema próprio de gestão e moeda, os Cards. Essa moeda se insere no conceito de economia solidária defendido pelo projeto, cujo sistema de créditos é baseado na troca de serviços e produtos. “Por meio da troca de serviços e Cards, artistas, produtores e coletivos podem gerir seu trabalho de uma forma que beneficie a todos”, explica André Kalil, da Torneira Produções.

“Bandas hoje consideradas top no circuito independente nacional, como Vanguart e Macaco Bong, começaram suas carreiras trocando apresentações ao vivo por horas no estúdio de ensaio”, exemplifica Ramires, que complementa: “É bem diferente da disputa férrea estabelecida pelo grande mercado, onde quase não há diálogo entre concorrentes”.

Apesar do discurso oficial conter termos como “características socializantes”, “coletivização dos meios de produção” e “alijados pela lógica do grande capital”, o projeto também tem seu lado pragmático. André Kalil diz que estar integrado ao Circuito aumenta a projeção, divulgação e espaço de atuação de sua produtora. Ainda de acordo com ele, é importante Brasília estar representada no Fora do Eixo, pois isso abre espaço para que as bandas locais se apresentem em outros estados, chamando a atenção da mídia independente. “Além disso, o resto do Circuito está de olho no DF”, diz.

Entre outras iniciativas, o Circuito organiza anualmente o Festival Fora do Eixo e o Grito Rock, que este ano aconteceu quase simultaneamente em quase 50 cidades brasileiras, além das edições estrangeiras em Montevidéu e Buenos Aires. Já o Festival Fora do Eixo acontece anualmente em São Paulo, mostrando para a mídia e público paulista as bandas de outras regiões do país.

“Em Brasília o balanço ainda é fraco, mas a nível nacional o Grito [Rock] é muito articulado e forte, contanto com patrocínio de grandes empresas”, explica Kalil. Marielle Ramires também avalia de forma positiva as conquistas do Circuito. “Cada vez há mais agentes produtivos se integrando e investindo força de trabalho na ampliação desta rede”, diz ela.

domingo, 27 de abril de 2008

A “cena” e os “showzinhos”

A cerca de uma semana atrás, postei aqui uma resenha do primeiro dia do Coquetel Anti-tédio, festival organizado pela Ziperona. Infelizmente o evento não encheu muito em nenhuma das 3 datas, apesar de uma escalação variada de bandas que tem se apresentado com freqüência na cidade. Escrevi que era “difícil saber se a falta de público se deve a um encolhimento da cena, a uma superexposição das bandas que tocam na cidade quase todo final de semana, ou a ausência da atração principal da noite, a banda chilena Humana”.

Talvez seja uma soma de tudo isso. É difícil falar de encolhimento de uma cena que sabidamente sofre de um “efeito sanfona”. Ian, guitarrista da banda Ilustra e produtor de shows deixou um extenso comentário no post, que mostra que nem mesmo os próprios produtores e bandas realmente sabem direito onde estão pisando.

Brasília é uma cidade estranha em relação a isso. Não se sabe o que acontece nos shows. Às vezes "lota" e dá a impressão de que a parada está ressurgindo, e às vezes fica tão vazio que despilha de fazer [organizar] qualquer coisa.


Ian também falou sobre as razões da superexposição das bandas:

A superexposição realmente cansa, mas ela existe por diversos fatores. São sempre as mesmas bandas, mas também são os mesmos organizadores. Repito bandas nos shows, a minha sempre. Organizar shows é uma coisa tão cara e trabalhosa, que faço questão de tocar. Ter esse prazer. Entendo que as poucas pessoas que organizam shows preferem não arriscar.

Falta também iniciativa das bandas novas, de organizarem shows e fazerem correrias, para um dia conseguirem "status" e serem convidadas sempre pra tocar, num reconhecimento de seus trabalhos. Minha banda mesmo não brotou de uma árvore. Foi um longo processo, até eu me envolver com shows e com estes shows fazer novos contatos e aparecer na cena.


Não discordo de nada, mas a questão vai além. Acho que a superexposição é natural em uma cena relativamente pequena de uma cidade média. E também tem seu lado positivo, uma vez que se apresentar ao vivo quase todo final de semana ajuda as bandas a evoluírem mais rapidamente. Talvez lineups com bandas de estilos mais diversos pudesse integrar um pouco os apreciadores de diferentes subgêneros e possibilitasse shows maiores. Pode parecer arriscado, mas tem dado certo para o Porão do Rock, nos últimos 10 anos.

Também acho que se soma a tudo isso, o fato de estarmos em uma entressafra de bandas locais “famosas”. Há algum tempo atrás tocavam no mesmo palco bandas iniciantes e conhecidas, como Bois de Gerião, Gramofocas e Móveis Coloniais de Acaju. Infelizmente, hoje nenhuma banda local dura tempo suficiente para lançar 1 ou 2 discos e formar uma base de fãs que vá além dos 200 aficcionados que comparecem toda semana ao Blackout ou ao... Blackout.

O que nos leva ao último ponto. A falta de estrutura. Tem quem ache bom o suficiente, mas os degraus que ousam chamar de palco, o som e iluminação apenas razoáveis da maior parte dos locais afasta parte do público, principalmente aqueles maiores de 20 anos, que preferem escutar rock em casa e ir a um show do Dead Fish a cada 2 anos. Entendo que os custos são altos, que ninguém vive de organizar shows underground e que simplesmente não vale a pena tamanho trabalho e gasto para aparecerem apenas 200 pessoas. Mas não deixa de ser um ciclo vicioso. A quantidade de fãs de punk rock, hardcore, emo, indie rock, e metal de diversos estilos é incomparavelmente maior que a quantidade de freqüentadores de “showzinhos”. Pode não ser nenhuma das citadas nesse texto, mas deve existir alguma razão.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Coquetel Anti-tédio – dia 3

Resenha do 3º dia do Coquetel Anti-Tédio no Blackout Bar, porque no 2º dia nenhum membro da equipe Rock N Cigarettes esteve presente no evento.

Domingo-feira. Já era noite e haviam algumas pessoas no Blackout Bar, não tantas quanto deveriam. Por mais que a segunda-feira fosse um feriado, o dia que passa Faustão estava com cara de uma noite pós Banheira-do-Gugu. Pelo o que eu ouvi de 3 pessoas, muita gente gostaria de ter visto a banda de abertura The Droogies.

A segunda atração da noite foi o Rainha Vermelha, que pareceu agradar muitos transeuntes. Rodrigo e André seguraram muito bem os vocais. Banda entrosada e redonda. A próxima banda, a goiana Atomic Winter, chamou a atenção de pessoas que chegaram, se posicionaram e de lá não mais saíram. O vocalista tem um vocal bem diferente das outras bandas do dia, alternando entre uma espécie de berro tipo Slayer e Garage Fuzz, como eles mesmos falaram. Os guitarristas eram tímidos e suas distorções poderiam ter um pouco mais de punch. Já a cozinha preparou todos os pratos na hora certa.

A segunda atração goiana da noite, a Critical Strike, mostrou uma apresentação mais comportada e um pouco mais experiente que a de seus conterrâneos. Eles mostraram um vocal mais sujo que na apresentação do Colégio Sênior algumas semanas atrás, talvez devido ao equipamento utilizado ou à onda de gripe que percorreu o centro-oeste, mas que soou legal.

Em seguida, a banda Promessa chamou vários curiosos para a frente do palco, que durante o show deram alguns passos para trás, e ao final, novos passos para frente. Durante a apresentação mostraram danças do siri e um cover do Rufio, que segundo eles não foi ensaiado. O vocalista podia olhar um pouco mais para o público, mas talvez cantar de costas e de lado para a platéia fosse uma questão de estilo. O Baixista Gabriel estava possuído pelo demônio, destacando-se bem mais que os outros 4.

O ADI, Amigos do Ivolanda, possui uma força magnética que arrastou boa parte do público para frente do palco. Entendi o porquê. Banda animada, músicas boas, dançantes, redondas e românticas. O baterista Thales estava concentrado até o talo. Sinto que o vocalista está desenvolvendo seu próprio estilo de cantar, deixando para trás os murmúrios breacos. E para finalizar a bela noite de shows se apresentou a banda Falante, de São Paulo. Os 4 integrantes se mostraram bem à vontade no palco, se comunicando razoavelmente com o público brasiliense e tocando músicas que agradaram muita gente, inclusive o Ed, dono do som.

Após o show, o público parecia cansado, mas pouco disposto a voltar para suas casas. Acredito que esse festival organizado pelo Ziperona deixou um gostinho de quero mais. Segundo o bombeiro de amarelo, não ocorreu nada de grave. Apenas alguns bebuns de primeira viagem beberam em excesso de estômago vazio e acabaram chamando colegas como Hugo e o Raul. Estes não foram bem-vindos.

Por Boss Matsumoto

domingo, 20 de abril de 2008

Coquetel Anti-tédio – dia 1

O primeiro dia do Coquetel Anti-tédio levou um público pequeno ao Blackout Bar. Difícil saber se a falta de público se deve a um encolhimento da cena, a uma super exposição das bandas que tocam na cidade quase todo final de semana, ou a ausência da atração principal da noite, a banda chilena Humana. Após a boa estréia do Maltz, que mistura punk rock e música celta, na linha de Dropkick Murphys e Flogging Molly, e uma longa troca de palco, o Ravenna mostrou seu screamo / post-hardcore (ou qualquer que seja o rótulo de preferência) aos presentes. Apesar de tocarem bem e fazerem uma apresentação agitada, fica a sensação de que a banda ainda precisa encontrar uma identidade própria, que os diferencie mais das várias bandas que fazem o mesmo tipo de som.

Dando continuidade a alternância de estilos, o Perfecto tocou seu hardcore melódico para um público que parece cada vez menos apreciar o gênero. Apesar do vocal um pouco fraco e do som embolado (comum no Blackout), o quarteto se saiu bem. Não tão bem quanto a banda seguinte, Ilustra. Sempre profissionais, o sexteto screamo estava desfalcado de seu mais destacado vocalista, Júlio. Felizmente para a banda, os amigos ajudaram, se revezando nos vocais gritados. O improviso resultou em show divertido e surpreendentemente bom.

Com a ausência do Humana ficou a cargo do Cárdia e seu hardcore fechar a noite. A banda toca bem, mas não pareceu muito empolgada com a própria apresentação. É verdade que o pequeno público presente não deu ao show ares de Warped Tour ou coisa parecida. A cerveja ingerida por este resenhista também prejudicou um pouco a observação da última apresentação da noite. Shame on me. Resta torcer para que o bom trabalho da produtora Ziperona seja melhor recompensado nos outros 2 dias de shows.

***

Uma semana antes do Coquetel Anti-tédio aconteceu no mesmo Blackout a versão brasiliense da seletiva do Zona Punk e Vans Apostam, que teve como vencedores o PDG. Como sempre acontece nessas ocasiões em que o voto popular escolhe a banda vencedora, aqueles que conseguem levar um número maior de amigos ao show ganham. Não é algo que desmereça o trabalho de qualquer uma das bandas que se apresentou na noite, mas a votação poderia ser feita na entrada, já que ninguém (incluindo esse blogueiro) assiste as apresentações para depois se decidir pela banda que mais gostou.

De qualquer forma, todos os grupos visivelmente se esforçaram para fazer uma apresentação que chamasse atenção dos presentes. Em meio ao som quase sempre mais ou menos, o Sem Fim se destacou, fazendo a única apresentação em que era possível ouvir bem o som de cada instrumento em ação. Frente à postura quase shoegazer dos outros integrantes, coube ao baixista Gabriel e ao baterista Dudu agitarem o show. Este último, aliás, fez um ótimo trabalho com as baquetas. O outro destaque foi o Under Atlantic, que fez um show muito animado, tocando seu pop punk / hardcore melódico, com direito a cover de No Use For a Name. Viva os anos 90.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Entrevista com a banda Stratum


O Stratum foi formado em 2001 por Daniel (baixo/voz), Vítor (guitarra) e João Guilherme (bateria). Com a entrada de Marcus (guitarra), a banda tomou a forma que tem até hoje. O quarteto diz ter criado a banda para “não apenas escutar, mas também fazer rock”, e toca um som na linha de grupos como Millencolin, MxPx, Dead Fish e Aditive. Confira abaixo a entrevista com o guitarrista Marcus, o Marcão da Boléia.


Então, que porra é Stratum?
Foi a única das opções de nome que a gente achou que soava bem! (só não sei onde estávamos com a cabeça!) Depois de tanto tempo a gente se acostumou com o nome! (risos)

Faz quanto tempo que vocês tocam?
Como um trio (Daniel, João e Vitor), desde 2001. Em 2002, Marcão da Boléia entrou na segunda guitarra e consideramos esse o primeiro ano de banda. Então já se vão 6 anos tocando juntos!

Qual era a idéia inicial da banda e a atual? Mudou muita coisa? Por que?
Bom, quando a gente começou o legal era estar envolvido com música, tocar o que a gente gostava de escutar, e não simplesmente ver os outros tocando. Até que a coisa foi crescendo e tomando uma proporção diferente. Hoje não somos mais os mesmos moleques inexperientes. Aprendemos um pouco sobre tudo o que envolve o cenário musical e tentamos botar o que aprendemos em prática!

O que vocês fazem da vida?
Bom, além da banda e aulas de música, o Daniel, é servidor público e faz graduação em Computação na Unb. O Marcus faz Ciência da computação e faz cursos de áudio. O Vitor faz Administração na Unb e trabalha com administração. O João trancou a faculdade de computação e estuda para concurso.

Os shows renderam muita mulher?
Bom, nos shows especificamente não. Somos todos ogros. (risos) Mas de vez em quando o Daniel se arrisca a fazer umas músicas pra alguma menina. Isso já rendeu alguns namoros e várias discussões de relacionamento! (risos)

E os shows fora de Brasília?
Cara, nos aventuramos no nordeste brasileiro em dezembro de 2004, mais especificamente no estado de Pernambuco, fazendo um show no interior e outro em Recife. Embora a banda ache que os shows não renderam muita coisa, é divertido poder lembrar das historias que passamos. E que venham mais shows fora!

Quais são as melhores bandas na sua opinião?
Cada um escuta coisas muito diferentes. Mas não pode faltar o velho e (ainda) bom Millencolin.

Marcão, fala mais sobre esse seu esquema de gravar coisas na sua casa.
Meu pai tocava bateria e eu sempre fui fascinado pelo instrumento. Sempre quis ter uma em casa. Mas como moro em apartamento, seria quase impossível. Com isso, tive que escolher um outro instrumento. E foi a guitarra. Comecei a tocar com 14 anos, mas sempre tive muita dificuldade em compor. Eu precisava de uma bateria para me guiar. E com isso, conheci o ultra mega maravilhoso Ezdrummer.

Ezdrummer é um plugin VST que permite criar sua própria bateria. Foi a minha salvação. Faço a linha de bateria e começo a compor em cima. Gravo as guitarras e os baixos com o toneport e depois entrego pro Daniel fazer a letra e a melodia de voz. Tem sido uma mão na roda pra gente. E com isso, percebi que a qualidade da gravação era realmente surpreendente. Comprei mais alguns equipamentos e comecei a gravar como forma de aprendizado. Hoje, faço um curso de áudio no [estúdio] Órbis com o Marcos Paulo e se tudo der certo, começo a trabalhar lá.

O que vocês estão achando dos shows de hoje em dia? Os de antigamente eram melhores?
Cara, é muito importante evitar a superexposição de bandas. E também é muito importante ter autenticidade, porque senão cai na mesmice. O que a gente vê hoje são shows sempre com as mesmas bandas e sempre com o mesmo estilo. O que faz com que os shows hoje em dia sejam meio desinteressantes. Por isso eu acho que os de antigamente eram melhores, pois pelo menos pareciam ser mais diversificados.

Escolha um integrante da banda para falar mal.
(risos) O Vitor. Só não é unânime porque ele vai escolher outro que não ele mesmo pra isso! Até hoje a gente não sabe como um menino do QI dele conseguiu passar na Unb além de tocar guitarra e agitar no show ao mesmo tempo e sem errar. (risos) É muita besteira dita por uma pessoa só em pouquíssimo espaço de tempo! Só convivendo!

Agora falem bem do mesmo.
Vitão é um moleque esforçado demais. E competente! Tem sempre boas idéias de arranjos e melodias, além de ter o dom pra administração de negócios. E na banda ele é o campeão das gatas! (risos)

Se vocês ganhassem 5.000 reais para investir na banda, o que vocês fariam?
Com certeza investiríamos na finalização da montagem do nosso próprio estúdio. Rumo à profissionalização!


Por Régis Matsumoto, com colaboração de Léo Werneck

www.fotolog.com/bandastratum
www.youtube.com/bandastratum
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=563175
www.tramavirtual.com.br/stratum
www.myspace.com/bandastratum

quarta-feira, 9 de abril de 2008

ALK3 e Half-FX

A banda estadunidense Alkaline Trio divulgou ontem o nome e tracklist do seu próximo álbum, o primeiro pela major Epic Records. Agony and Irony será lançado em 1º de julho e terá apenas 10 faixas. Veja abaixo:

01 - Calling All Skeletons
02 - Help Me
03 - In Vein
04 - Over And Out
05 - I Found Away
06 - Live Young, Die Fast
07 - Four Four Four Four
08 - Lost And Rendered
09 - Ruin It
10 - Into The Night

A música de trabalho do álbum é “Help Me”, que já pode ser ouvida no MySpace dos caras. Uma boa música pop, na mesma veia do último disco, Crimson, e com letra menos depressiva do que o habitual para a banda. Há alguns dias o trio postou por 12 horas “In Vein” em seu MySpace, essa sim capaz de empolgar os fãs. Com uma introdução que lembra The Clash e um refrão típico das músicas da banda, a faixa cantada pelo baixista Dan Andriano deve acabar se tornando o hit de Agony and Irony para o público já familiarizado com o som dos caras.

***

Também vale a pena conferir o vídeo que a revista estadunidense Alternative Press postou em seu site do show do NOFX no enorme festival South By Southwest, que acontece todo ano em Austin, no estado do Texas. Esse ano o NOFX, sob a alcunha de Half-FX, decidiu tocar nada menos que 56 músicas, todas pela metade. A idéia é estranha e o resultado muito divertido. Para entrar na brincadeira a AP postou apenas metade do show dos californianos. Muito bom.

terça-feira, 8 de abril de 2008

REM – Accelerate (2008)

Muito se falou sobre o novo álbum do REM, Accelerate, ser uma volta da banda a sua sonoridade mais roqueira dos anos 80. Outros trataram o lançamento como uma estratégia bem pensada para reconquistar os antigos fãs. Deve ser verdade. Com quase 30 anos de carreira, o trio não tem nada de inocente e dificilmente teria gravado um disco tão enxuto e roqueiro se não fosse a recepção fria de fãs e crítica a Around The Sun, de 2004. Ao mesmo tempo, nada disso tem a menor importância, porque Accelerate é o melhor lançamento do trio estadunidense em muitos anos. Em menos de 35 minutos, a banda dá seu recado e vai embora. E mostra porque é uma das maiores bandas em atividade.

Naquela que foi definida pela própria banda como “a gravação mais curta de nossas vidas”, o produtor Garret “Jacknife” Lee conseguiu capturar toda a energia das apresentações ao vivo da banda nas 11 faixas do lançamento. Lee já produziu vários grupos do chamado novo rock, mas se mostrou o produtor certo para o REM após ajudar o U2 a voltar ao planeta Terra em How to Dismantle an Atomic Bomb. Quase todas as músicas de Accelerate são construídas em cima de guitarra, baixo e bateria, e pianos e teclados só ganham destaque na 5ª faixa, “Houston”.

A diferença para os discos anteriores é perceptível desde o momento em que a guitarra de Peter Buck abre o disco na boa “Living Well Is The Best Revenge”. Faixas como “Man-Sized Wreath”, “Horse To Water” e o single “Supernatural Superserious”, mantém o pique, trazendo de volta os clássicos backing vocals do baixista Mike Mills. Por mais roqueiro que o álbum seja, algumas baladas estão presentes, como em todos os lançamentos da banda. E são tão boas quanto as músicas mais animadas. “Mr. Richards” e “Until The Day Is Done”, são as melhores e deixam o caminho livre para o peso da ótima e despretensiosa música de encerramento, “I'm Gonna Dj”. Michael Stripe deixa o recado para todos: Ele vai discotecar no fim do mundo. “Yeah!”

terça-feira, 1 de abril de 2008

Anti-Flag + NUFAN

Hoje chegam as lojas norte americanas as versões físicas de “The Bright Lights of America” e “The Feel Good Record of the Year”, novos lançamentos do Anti-Flag e No Use For a Name, respectivamente. Um sinal dos tempos é o fato de que ambas as bandas postaram os álbuns inteiros em suas páginas do MySpace.

O No Use For a Name já havia liberado para audição a faixa de abertura “Biggest Lie”, um hadcore melódico veloz como a algum tempo a banda não fazia. “The Feel Good Record of the Year” não segue exclusivamente essa sonoridade, mas atira em várias direções já exploradas na discografia dos californianos. Após uma primeira audição apressada, a impressão que fica é muito boa.

Já os punk rockers do Anti-Flag haviam liberado 3 faixas de “The Bright Lights of America”, todas ótimas. Entretanto, o restante do álbum soa um pouco sem direção. Aparentemente a banda tentou buscar novos caminhos para seu som, mas se perderam no percurso. Pode também se tratar de um disco um pouco diferente dos anteriores, que revele seu valor aos poucos, após algumas audições. Veremos.