terça-feira, 16 de setembro de 2008

Criticism

A good review doesn't tell you whether you should like or dislike something. It discusses strengths and weaknesses and invites you to make up your own mind based on the information and perspective offered you.

Uma boa resenha não te diz se você deve gostar ou não de algo. Ela discute pontos fortes e fracos e te convida a formar sua própria opinião baseada nas informações e pontos de vista oferecidos a você.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

The Hives em Brasília


Ainda que com um atraso fenomenal, este repórter decidiu escrever uma resenha sobre o show dos suecos do The Hives em Brasília, na última sexta-feira. Antes tarde do que tarde demais.


Com cerca de uma hora de atraso, por volta das 23h o Supergalo, banda brasiliense formada por ex-rockstars locais, subiu o palco dessa edição do Pílulas Porão do Rock para esquentar o público. O Arena já estava bem cheio de fãs da atração principal da noite, devidamente posicionados o mais perto possível do palco. O quarteto tocou seu pop rock sem grandes inovações e com letras típicas de banda iniciante por pouco mais de meia hora. Brasília já revelou grupos melhores.

Segundo relatos, a entrada do Hives foi anunciada no microfone, mas não pode ser ouvida do bar, um pouco distante do palco. O inicio do show do quinteto sueco, portanto, pegou de surpresa um número razoável de pessoas, já que a lógica seria os locais do Móveis Coloniais de Acaju tocarem antes da atração principal. Depois de uma pequena corrida em direção ao palco, o público foi se acomodando. No entanto, à exceção dos fãs mais devotos próximos ao palco, a platéia estava meio fria, demonstrando pouca empolgação e demorando a responder aos comandos e gracinhas do frontman Pelle Almqvist.

O show do Hives é todo coreografado e cada integrante tem sua pose e função no palco. A do vocalista Pelle, mais do que cantar, é bancar o mestre de cerimônias e empolgar o público com sua simpática arrogância teatral. O cara se esforçou bastante, usando todas as 5 palavras em português que tinha aprendido para essa turnê. Alem do clássico “obrigado”, o vocabulário do cara consistia em: “grita aí”, “para”, “senhores e senhores” (impossível saber qual era destinado a que gênero), e um ininteligível “tira o pé do chão”. Engraçado, mas um pouco repetitivo.

Musicalmente, a apresentação foi focada nos dois álbuns mais recentes do quinteto: The Balck and White Album e Tyrannosaurus Hives. No entanto, isso não os impediu de presentear os fãs mais antigos com músicas dos dois primeiros lançamentos, bem distribuídas por todo o show. Do primeiro disco, foi tocada “AKA I-D-I-O-T”. Do segundo, “Main Offender”, “Die, Alright!” e o hit “Hate To Say I Told You So”, já no bis, que foi encerrado com o primeiro single do último lançamento, “Tick Tick Boom”.

Os pontos altos do show foram o novo single “Won’t Be Long”, “Return The Favour”, música muito bem escolhida para o falso encerramento, e os hits, como “Walk Idiot Walk” e as já citadas “Hate To Say I Told You So” e “Tick Tick Boom”. Um pouco ensaiada e teatral demais, a apresentação acaba ofuscando um pouco as próprias músicas, mas nada que estrague o bom show. Talvez melhor que o show em si, tenha sido a oportunidade de assistir uma boa banda internacional da atualidade em Brasília, tão carente de shows do tipo. O Porão do Rock está acertando na produção de shows internacionais em 2008. Tomara que eles continuem vindo.

Ah, sim. Após o show do quinteto sueco, os queridinhos locais do Móveis Coloniais de Acaju encheram o palco para mostrar o último show do seu álbum de estréia, Idem. Boa parte do público já havia deixado o Arena e a parte que ficou parecia mais interessada em encontrar amigos, beber e conversar sobre o show anterior. Por melhores que eles sejam e por maior que seja seu próprio público, o MCA não teria mesmo qualquer chance de se destacar fechando uma noite que na verdade já tinha acabado.