sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Notícias Rock

Desde ontem é possível conferir o vídeo-clipe de “Supernatural Superserious” no site da MTV. A música é o primeiro single do novo trabalho do REM, Accelerate, que chegará as lojas em 1º de abril. Tanto a música quanto seu clipe prometem mais um bom álbum da veterana banda estadunidense.

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A Epitaph Records, gravadora símbolo do hardcore californiano, e sua subsidiaria Hellcat anunciaram que estarão presentes no South by Southwest, promovendo suas bandas. O South by Southwest é um grande festival de rock que se espalha por quase todos os bares, casas de shows e espaços públicos da cidade texana de Austin, durante quatro dias por ano. Várias gravadoras têm patrocinado exibições de suas bandas no festival, que dá um bom espaço para os independentes. Confira as apresentações das bandas da Epitaph / Hellcat aqui.

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Outra boa noticia para os amantes do punk rock é a divulgação de todas as datas e bandas que se apresentarão na versão 2008 da famosa Warped Tour. A 13ª edição do festival itinerante acontecerá em mais 40 cidades norte-americanas entre o final de junho e meados de agosto. Confira os detalhes no site oficial do evento.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jack Johnson – Sleep Through The Static (2008)

O compositor havaiano Jack Johnson é conhecido por suas baladas praianas suaves e acústicas. Por conta dessa fama, muito se falou sobre Sleep Through The Static ser mais elétrico que seus lançamentos anteriores. De fato, se trata de um álbum mais plugado, mas não espere nenhuma grande mudança. A inovação fica por conta dos arranjos um pouco mais elaborados, com pianos mais presentes. Também é perceptível um flerte com o reggae em “Hope”, mas de forma geral, Sleep Through The Static é bem parecido com o restante do trabalho do surfista, apenas um pouco mais melancólico.

Estão presentes o feeling praiano, as melodias adocicadas e a voz suave de Johnson, mas uma tristeza paira no ar, deixando o álbum um pouco pesado. Além disso, diferentemente de em On And On ou In Between Dreams, não há muitas canções desse trabalho que mereçam ser citadas. Poucas das 14 faixas se destacam e isso faz o álbum parecer longo, apesar de seus normais 50 minutos. “If I Had Eyes” e “They Do They Don't” mostram do que o havaiano é capaz, mas sozinhas não conseguem dar o brilho que falta a Sleep Through The Static. Impossível dizer que seja um disco ruim, mas tampouco se pode dizer que acrescente algo ao legado do músico.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

O britpop emo


Desde a explosão da onda emo, no início da década, tem sido obrigação de todos os punks, indies, metaleiros e elitistas de respeito odiar toda e qualquer banda emo. Confesso não ser o maior fã do estilo, mas o Panic At The Disco (agora sem a exótica exclamação) nunca me pareceu tão ruim quanto dizem as más línguas. Apesar da super exposição e do ar blasè, o primeiro disco da banda de Las Vegas é bem divertido.

Um ponto de difícil desacordo é o talento da banda para o marketing. Depois de um suspense de primeira, você pode conferir no MTV Overdrive o primeiro vídeo-clipe de Pretty Odd, segundo álbum dos caras. Tenho certeza que os fãs da banda já haviam escutado a música (ou visto o clipe) semanas atrás, mas a surpresa foi boa. “Nine in the Afternoon” é uma boa canção britpop com vocais emo. O ritmo, a melodia, a orquestração e até mesmo o conceito visual do vídeo, tudo te faz cruzar o Atlântico e voltar uns 12 ou 14 anos no tempo.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Não vou dizer o que pensei


Notícias rock para começar bem a semana:

A Gibson está lançando uma linha de guitarras assinadas pelo eterno guitarrista do Guns N Roses, Slash. "Eu sempre toquei uma Les Paul e estou muito orgulhoso de ter minha própria linha produzida pela Gibson e Epiphone, fabricante das melhores guitarras do mundo", disse o guitarrista. As três guitarras (dois modelos Gibson e um Epiphone) terão edições limitadas e estarão disponíveis para venda em 1º de abril.

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In other news, os cariocas do Deluxe Trio postaram em seu espaço do Trama Virtual a música “Agosto”, que deve estar no próximo álbum dos caras. O Deluxe Trio (destaque do mês no site PunkNet) é a atual banda do ex-vocalista do finado Noção de Nada, Bil, e faz um som na linha de grupos como Hot Water Music, Jawbreaker e Samiam. Clicando aqui você pode ouvir e baixar todas as músicas do Trio. Em março eles estarão em turnê nacional com os também cariocas do Cine Disco.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Novidades Digitais

A industria musical vem amargando uma queda na venda de CDs de cerca de 10% ao ano. Por outro lado, o comércio de música digital tem apresentado forte crescimento tanto no Brasil quanto no mundo. Os dados da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ironia pouca é bobagem) registraram um crescimento das vendas digitais de 185% em relação a 2006, somando cerca de 8% do faturamento do mercado fonográfico tupiniquim. Os dados da Federação Internacional da Industria Fonográfica (IFPI) são ainda mais generosos. O comercio de música digital já é responsável por 15% do mercado mundial, cerca de R$ 5,1 bilhões.

Só “Girlfriend”, hit do ultimo álbum da canadense Avril Lavigne vendeu 7,3 milhões de arquivos em 2007, sagrando-se campeão de vendas, tudo legal, é importante frisar. Os dados da IFPI revelam ainda que o “mercado” de downloads ilegais é cerca de 20 vezes maior que o legal. Pode não dar dinheiro para as gravadoras, mas os artistas se tornam mundialmente conhecidos e faturam alto com shows e merchandising.

Essa enxurrada de números mostra porque os artistas (dos renomados aos obscuros) estão partindo para a venda direta de músicas digitais via sites próprios. Ainda pode ser cedo para descartar o CD, mas já não se pode mais ignorar o mercado digital, como o Radiohead provou no final do ano passado. Por isso os veteranos do REM estão vendendo (e veiculando em streaming) “Accelerate”, primeiro single de Supernatural Superserious, nesse site. O álbum é o 14º trabalho de estúdio da banda americana e chegará as lojas físicas dos EUA em abril.

Trever Keith, vocalista da finada banda punk Face to Face, também está vendendo seu primeiro trabalho solo em seu site (também em streaming). Melancholics Anonymous é o nome do trabalho, que mostra grandes diferenças em relação ao som de sua antiga banda. Sai de campo o punk rock melódico e entra em seu lugar um rock com boas doses de música eletrônica e alguma inspiração no pós punk inglês. Melancholics Anonymous é tipicamente um trabalho de estúdio, cheio de efeitos de difícil reprodução ao vivo, por isso deve soar estranho aos fãs, mas se mostra interessante ao revelar uma nova face do compositor e deixar no ar uma das possíveis causas da separação do Face to Face em 2005. Vale a pena conferir.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Máquinas e Foguetes

Os suecos do Millencolin divulgaram o tracklist de Machine 15, sétimo álbum da banda, que chegará às lojas dia 22 de março. O sucessor de Kingwood terá 15 faixas e será lançado via Epitaph / Burning Heart. Confira:

01 Machine 15
02 Done Is Done
03 Detox
04 Vicious Circle
05 Broken World
06 Come On
07 Centerpiece
08 Who's Laughing Now
09 Brand New Game
10 Ducks & Drakes
11 Turnkey Paradise
12 Route One
13 Danger For Stranger
14 Saved By Hell
15 End Piece.

Antes, no dia 26 de Fevereiro, será lançado RIP, CD/DVD com a última apresentação ao vivo dos americanos do Rocket From The Crypt, que encerraram suas atividades no final de 2005.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Punk rock para as massas

Como já havíamos noticiado aqui, os estadunidenses do Anti-Flag irão lançar seu novo álbum, Bright Lights of América, no dia 1º de abril. Os caras estão divulgando a música título em seu MySpace, e no site da revista Alternative Press você pode conferir “Good and Ready“.

Ambas são boas canções, mas devem causar estranheza nos fãs mais antigos. Nada de mais, uma vez que os fãs mais radicais já abandonaram a banda quando ela assinou com uma grande gravadora em 2005. Aqueles que sobraram devem gostar das novas faixas que tem a marca inconfundível do Anti-Flag, mas com um novo apelo pop, radiofônico até, mais forte do que o do álbum anterior, For Blood and Empire, o primeiro pela major RCA.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

HorrorPops – Kiss Kiss Kill Kill (2008)

O HorrorPops é bastante conhecido por ter em sua formação o baixista do Nekromantix, Nekroman (que aqui toca guitarra), e sua esposa Patricia Day. Apesar do histórico, a banda não se prende aos limites do psychobilly e tem uma sonoridade própria que mistura rockabilly, punk rock, new wave, surf music e até um pouco de ska. Kiss Kiss Kill Kill é o terceiro lançamento dos dinamarqueses e, após um álbum voltado para o punk rock, representa uma volta à diversidade presente no primeiro disco, Hell Yeah!, de 2004.

A vocalista Patricia diz a banda foi formada para possibilitar a experimentação com vários estilos musicais. Fiéis a essa idéia, “Hitchcock Starlet” e “Everything's Everything” são baladas mais pop e mais lentas do que qualquer música que o trio já tenha composto. Já “Missfit” e “Boot to Boot” são energéticas e pisam em território conhecido. “Kiss Kiss Kill Kill” soa bastante new wave e é um dos destaques, junto com “Thelma and Louise” e o single “Heading for the Disco”. O alto número de faixas com andamento mais lento do que o usual para a banda pode causar estranheza aos fãs, mas estas se revelam boas composições quando ouvidas com cuidado.

Além da diversidade e apelo pop de suas músicas, Kiss Kiss Kill Kill é também um disco temático. Uma breve olhada na capa e no nome de canções como “Thelma and Louise”, “Hitchcock Starlet” não deixam dúvidas de que o cinema foi a grande inspiração da vez. Por sorte a banda não tentou escrever o álbum como um roteiro de um filme, contando uma história, o que provavelmente resultaria em algo pretensioso e chato. Nem todas as músicas versam sobre filmes, mas as referencias cinematográficas fazem de Kiss Kiss Kill Kill uma bela obra de cultura pop.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

The Rakes – Ten New Messages (2007)

O álbum de estréia dos britânicos do Rakes foi uma boa surpresa de 2005, mas dois anos depois, eles ainda precisavam passar pelo teste crucial do segundo trabalho. Como dizem, você tem a vida toda para fazer o primeiro disco, mas apenas alguns meses para fazer o segundo. Apesar da pressão, a banda se saiu bem. Se Capture / Release tinha ótimas músicas, lhe faltava unidade. Ten New Messages consegue resolver o problema apostando em uma atmosfera mais dark. Se você pensou em Interpol ou She Wants Revenge, acertou. A união dessas referencias ao rock energético da estréia dá o tom do álbum. A cadencia de algumas fixas lembra Strokes, mas os vocais pesarosos e as batidas dançantes de faixas como “We Danced Together” e a robótica “On a Mission” não deixam que a repetição se instale. Entre as novidades se destaca o clima soturno propiciado pelos bons backing vocals na já citada “We Danced Together”, “Down With Moonlight” e “Suspicious Eyes”. Essa última, a melhor surpresa do álbum, por apostar em uma mistura inusitada (e bem sucedida) entre indie rock e rap de branco. Também valem ser mencionadas as faixas de abertura e fechamento, “The World Was a Mess But His Hair Was Perfect” e “Leave The City And Come Home”, respectivamente. Ten New Messages não é um clássico, mas o Rakes passou no teste com folga.