terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Os Melhores de 2008

Para começar bem 2009, vamos às famosas e inescapáveis listas de melhores do ano. Ao invés de selecionar um número pré-determinado de álbuns, decidi escrever sobre aqueles discos que realmente marcaram meu ano musical, aqueles que acho que vão ficar no meu iPod por mais uns verões. Confira os sete escolhidos:

Accelerate é o melhor lançamento do R.E.M. em muitos anos. Com a “gravação mais curta da carreira” do trio estadunidense, quase todas as músicas do disco são construídas em cima de guitarra, baixo e bateria. Em menos de 35 minutos, o grupo dá seu recado e vai embora. E mostra porque é uma das maiores bandas em atividade.

O primeiro trabalho solo do ex-vocalista do Face To Face une a melancolia do título com programações de bateria (quase) dançantes, que levam o álbum para longe de um clima simplesmente depressivo. O destaque vai para as músicas “Incommunicado” e “Bleeding Out”, mas o disco merece ser ouvido cuidadosamente em sua totalidade.

Float foi o primeiro trabalho do Flogging Molly a dar o destaque necessário a cada um dos muitos instrumentos usados pela banda. O resultado é menos pesado, mas revela as ótimas composições de Dave King. Além disso, o álbum é bom do início ao fim. Não há pontos baixos ou músicas a serem puladas. Isso faz de Float um disco a ser lembrado.

Gaslight Anthem – The ‘59 Sound
A capa de The ‘59 Sound já entrega: apesar ser cria da cena punk de New Jersey, o Gaslight Anthem busca inspiração em outros cantos do rock americano, do conterrâneo Bruce Springsteen ao college rock do Replacements. Da mistura, a banda tira músicas memoráveis como “Great Expectations” e a faixa-título. Sem dúvida a melhor surpresa do ano.

The Loved Ones – Build And Burn
Build And Burn sugere uma transição para o quarteto da Philadelphia. O início do álbum é marcado por punk rocks com vocais rasgados como “Pretty Good Year”, que lembram o som de Hot Water Music e Against Me!. Progressivamente vão entrando os pianos e a distorção vai dando lugar a um feeling sulista que tem seu ápice na ótima “Loisiana”.

The Subways – All Or Nothing
O segundo disco do Subways prova que o rock alternativo dos anos 90 não está completamente esquecido. All Or Nothing soa ao mesmo tempo mais pop e mais pesado que o álbum de estréia da banda. Misturando guitar rock, grunge e um pouco de punk rock e britpop, a música do trio é mais suja, energética e ao mesmo tempo pop, que a de qualquer banda britânica da atualidade. 

Agony and Irony pode não ser o melhor trabalho do Trio, mas tem algumas ótimas músicas, como “In Vein” e “Calling All Skeletons”. Com um som mais pop que nos trabalhos anteriores, o disco também mostra que a banda tem qualidade e personalidade suficientes para sobreviver ao envelhecimento e às mudanças de gravadora.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Vendas de CDs cai, mas downloads pagos batem recorde em 2008

O balanço do ano não foi muito positivo para a industria musical estadunidense. A venda total de álbuns – dado que inclui tanto álbuns físicos quanto virtuais – caiu para aproximadamente 428 milhões de unidades, uma queda de 8,5% em relação aos números de 2007. 

Segundo a Nielsen SoundScan, a venda de álbuns físicos caiu de 450 milhões para 362 milhões, afetando todos os gêneros musicais. A artista country Taylor Swift foi quem teve o melhor resultado em 2008, com 4 milhões de álbuns vendidos, seguida por AC/DC, Lil’ Wayne e Coldplay.

Apesar de não compensar a queda livre dos CDs, as venda digitais bateram recorde no ano que passou. Somente a venda dos álbuns virtuais cresceu 32%, chegando a quase 66 milhões de unidades vendidas. Já as faixas digitais avulsas alcançaram a marca de 1,07 bilhão de unidades, um crescimento de 27%.

Apesar da tendencia de queda, algumas gravadoras estão se adequando à nova realidade. A Atlantic Records, maior vendedora de discos nos EUA em 2008, divulgou que no mês de setembro seu lucro com vendas digitais ultrapassou o lucro com vendas de CDs.

Leonardo Werneck