terça-feira, 27 de março de 2007

Novidades do Bad Religion

O Bad Religion divulgou a capa e data de lançamento do seu novo disco, New Maps Of Hell. O album chegará as lojas americanas em 10 de Julho pela Epitaph Records, gravadora de propriedade do guitarrista da banda, Brett Gurewitz.

É interessante notar como a capa deste disco dialoga com a do disco passado, The Empire Strikes First, de 2004 e com o vídeo-clipe de seu single "Los Angeles Is Burning". O Bad Religion fará três show no Brasil no inicio de abril e participará da famosa Warped Tour americana neste verão.

segunda-feira, 26 de março de 2007

The Distillers – Sing Sing Death House (2002)

Lançado pela Hellcat Records, selo de propriedade de Tim Armstrong do Rancid, à época marido da vocalista e guitarrista dos Distillers, Brody Dale, este Sing Sing Death House mostra uma grande evolução em relação ao seu primeiro trabalho da banda, The Distillers, de 2000. Nesse álbum, encontram-se desde os hardcores rápidos e furiosos do primeiro disco, até punk rocks mais lentos e com forte apelo pop, como os singles “City Of Angels” e “The Young Crazed Peeling”. Todos cantados com um feeling impressionante por Brody, com sua voz rouca, estilo Courtney Love.

As letras também demonstram a evolução do Distillers. Muitas delas totalmente autorais, são quase uma biografia da vocalista, e falam com bastante sinceridade sobre todas as dificuldades pelas quais a moça passou. Esse foi o álbum que revelou o Distillers ao mundo e lhes garantiu um contrato, mais do que merecido, com uma major. Portanto, se você for um amante do punk rock, tenha esse disco em casa.

quinta-feira, 22 de março de 2007

A ascensão do Funk Carioca Indie

A invenção de uma imagem artística cumpre um papel importante na divulgação do trabalho de uma banda. Geralmente, artistas criados por gravadoras têm suas imagens criadas por gravadoras, enquanto aqueles que vem do meio independente inventam suas próprias, e o bom senso diz que a imagem de uma banda deve ter relação com o tipo de música que criam e com o público que pretendem atingir. Muitas vezes, porém, isso não acontece.

Nos últimos tempos, o mundo da música alternativa tem presenciado o surgimento de várias bandas que se vendem como indie rock, mas não produzem canções condizentes com suas imagens. Artistas como Peaches e MIA, e os brasileiros do Bonde do Rolê, fazem sucesso entre indie rockers do mundo todo, mas criam músicas que dificilmente tem algo de rock. A maioria desses artistas faz dance music fortemente inspirada pelo brasileiríssimo funk carioca. E com todas as suas características, como o batidão do Miami Bass e letras inacreditavelmente chulas.

Não pretendo aqui estabelecer qualquer juízo de valor sobre o funk carioca. Também não há nada necessariamente errado em associar sua imagem com uma cultura e criar canções que pouco tem a ver com esta cultura especifica. Cada um faz o tipo de música que quiser. Mas é de espantar como o publico indie, conhecido por diminuir outros gêneros de rock mais simples e de menor “valor artistico”, compra facilmente o marketing das Peaches por aí. Jamais freqüentariam os seletivos iPods indies músicas de artistas como Tati Quebra Barraco, Perla, DJ Malboro e afins. Mas este mesmo público ouve Bonde do Rolê e MIA como se fossem novos discos do Radiohead, Sonic Youth ou a volta do Pavement. Será o sucesso do funk carioca indie hipocrisia, falta de percepção ou um caso de gosto musical reprimido?

terça-feira, 20 de março de 2007

NOFX - War On Errorism (2003)

Em 1994 o NOFX lançou o disco definitivo do hardcore californiano. Desde então, todo mundo espera que eles produzam outra obra-prima do hardcore melódico, outro Punk In Drublic. Não foi dessa vez. Mas essa não é má noticia. A má noticia é que isso provavelmente nunca acontecerá. Todo artista tem um ponto alto na sua carreira, que, como qualquer outra coisa que exija inspiração momentânea, geralmente não se repete. Somente tendo isso em mente podemos ter a isenção necessária para avaliar esse álbum.

Esse disco funciona quase como uma antologia, uma retrospectiva da carreira da banda. Aqui você encontra, além do guitarrista Melvin cantando mais do que em qualquer outro disco da banda, os hardcores velozes, a influência metaleira do começo da banda, os skas que eles disseram que nunca mais tocariam, e até uma balada, só voz e violão, em que Fat Mike canta sobre um cara que teve overdose.

As letras, também bastante variadas, vão desde reflexões sobre a cena punk e piadas típicas da banda, até o tema principal do álbum: Política. Fat Mike dispara toda a sua indignação contra o imperialismo, a guerra e o governo Bush. Esse tema, aliás, rende uma das melhores letras da banda em “Franco Un-American”, acompanhada por um ótimo vídeo-clip. Apesar de não ser uma obra-prima, War On Errorism é um ótimo disco e, possivelmente, o melhor lançamento da banda desde o aclamado Punk In Drublic.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Rancid - Indestructible (2003)

Desde o seu último lançamento, pode-se dizer que as tragédias marcaram a vida dos integrantes do Rancid. O baixista Matt Freeman perdeu sua avó, que o havia criado na infância. O guitarrista Lars Frederiksen teve um problema de saúde que o levou a uma cirurgia, perdeu seu irmão mais próximo e foi deixado pela mulher. Já durante as gravações, o frontman Tim Armstrong também foi deixado por sua mulher. E, segundo a própria banda, o tema central desse álbum é a morte.

Poderíamos pensar então que este seria um disco pesado, raivoso e depressivo. Mas não é o que acontece. Algumas letras giram em torno desses temas, como em "Tropical London" e "Otherside", porém muitas outras são uma afirmação da vida e da amizade entre os membros da banda, como em "Fall Back Down" e na música que dá título ao álbum. Há ainda muitas outras sem qualquer relação com esses acontecimentos.

Musicalmente o disco também é bastante variado. Desde os hardcores e street punks do ultimo álbum (e dos dois primeiros) até os skas do ...And Out Come The Wolves. Das experimentações do Life Won't Wait até as batidas dos Transplants, passando pela estranhíssima "Arrested In Shanghai", e por teclados em várias músicas.

Esse disco não é tão variado quanto Life Won't Wait, porém é bem mais criativo que o álbum anterior. Não é tão perfeito quanto ...And Out Come The Wolves, mas tem ótimos refrões pops que não saem da cabeça. Destaque para a totalmente rock 'n roll "Spirit Of '87". Indestructible mostra o Rancid em sua melhor forma, atirando em várias direções e quase sempre acertando. Ótimo álbum.

Bem vindo

Olá. Este é o Rock N Cigarettes, um blog comunitário sobre o universo Rock N Roll. Se você quiser colaborar, mande um e-mail para rockncigarettes@gmail.com. Boa leitura.