A invenção de uma imagem artística cumpre um papel importante na divulgação do trabalho de uma banda. Geralmente, artistas criados por gravadoras têm suas imagens criadas por gravadoras, enquanto aqueles que vem do meio independente inventam suas próprias, e o bom senso diz que a imagem de uma banda deve ter relação com o tipo de música que criam e com o público que pretendem atingir. Muitas vezes, porém, isso não acontece.
Nos últimos tempos, o mundo da música alternativa tem presenciado o surgimento de várias bandas que se vendem como indie rock, mas não produzem canções condizentes com suas imagens. Artistas como Peaches e MIA, e os brasileiros do Bonde do Rolê, fazem sucesso entre indie rockers do mundo todo, mas criam músicas que dificilmente tem algo de rock. A maioria desses artistas faz dance music fortemente inspirada pelo brasileiríssimo funk carioca. E com todas as suas características, como o batidão do Miami Bass e letras inacreditavelmente chulas.
Não pretendo aqui estabelecer qualquer juízo de valor sobre o funk carioca. Também não há nada necessariamente errado em associar sua imagem com uma cultura e criar canções que pouco tem a ver com esta cultura especifica. Cada um faz o tipo de música que quiser. Mas é de espantar como o publico indie, conhecido por diminuir outros gêneros de rock mais simples e de menor “valor artistico”, compra facilmente o marketing das Peaches por aí. Jamais freqüentariam os seletivos iPods indies músicas de artistas como Tati Quebra Barraco, Perla, DJ Malboro e afins. Mas este mesmo público ouve Bonde do Rolê e MIA como se fossem novos discos do Radiohead, Sonic Youth ou a volta do Pavement. Será o sucesso do funk carioca indie hipocrisia, falta de percepção ou um caso de gosto musical reprimido?
Nos últimos tempos, o mundo da música alternativa tem presenciado o surgimento de várias bandas que se vendem como indie rock, mas não produzem canções condizentes com suas imagens. Artistas como Peaches e MIA, e os brasileiros do Bonde do Rolê, fazem sucesso entre indie rockers do mundo todo, mas criam músicas que dificilmente tem algo de rock. A maioria desses artistas faz dance music fortemente inspirada pelo brasileiríssimo funk carioca. E com todas as suas características, como o batidão do Miami Bass e letras inacreditavelmente chulas.
Não pretendo aqui estabelecer qualquer juízo de valor sobre o funk carioca. Também não há nada necessariamente errado em associar sua imagem com uma cultura e criar canções que pouco tem a ver com esta cultura especifica. Cada um faz o tipo de música que quiser. Mas é de espantar como o publico indie, conhecido por diminuir outros gêneros de rock mais simples e de menor “valor artistico”, compra facilmente o marketing das Peaches por aí. Jamais freqüentariam os seletivos iPods indies músicas de artistas como Tati Quebra Barraco, Perla, DJ Malboro e afins. Mas este mesmo público ouve Bonde do Rolê e MIA como se fossem novos discos do Radiohead, Sonic Youth ou a volta do Pavement. Será o sucesso do funk carioca indie hipocrisia, falta de percepção ou um caso de gosto musical reprimido?
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