quarta-feira, 22 de abril de 2009

Less Than Jake em São Paulo


Era hora das 1500 pessoas que lotavam o local começarem a gritar. Ao som de “Less Than Jake, Less Than Jake…” o quinteto entrou em cena com a música tema de Star Wars ao fundo e mandou logo de cara “Conviction Notice”, de seu último trabalho, o ótimo GNV FLA. Mas se enganou quem achava que a apresentação seria focada no disco. Com cara de best of, o setlist contou com sucessos antigos como (...)

Leia a resenha completa do show dos estadunidenses do Less Than Jake em São Paulo no site da Protons, com direito a mais fotos e comentários sobre as bandas de abertura.

domingo, 5 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Gosto não se discute?

A música é uma arte que pode ser aprendida e cultivada. Se alguém não gosta de determinado gênero musical, é preciso primeiro verificar se ele conhece esse gênero. E para conhecer um gênero de música mais elaborado nem sempre é suficiente ouvi-lo só uma ou duas vezes. Há linguagens musicais com sintaxes complexas que só são compreendidas mediante análise, exatamente como acontece com os textos escritos.

Aliás, existe uma nítida relação entre o hábito de ler com os gêneros mais elaborados de música. Só se tem prazer pela leitura quando se entende o que lê. Da mesma forma, a música também requer um esforço grande por parte do ouvinte, para que se possa entender a linguagem, as mensagens e, a partir daí, aprecia-la.

Sendo assim, os gêneros de música mais elaborados como o jazz e a bossa nova, entre outros, muitas vezes não são apreciados pela maioria de pessoas, simplesmente porque elas não os compreendem. É por isso que a música de Tom Jobim e a de Ray Charles podem não ser apreciadas por quem não teve educação musical ou não viveu em ambiente cultural que favorecesse o contato com esses gêneros.

No entanto, qualquer pessoa que não esteja acostumada a ouvir determinada música popular mais sofisticada, ou até mesmo a música erudita ou clássica, pode descobrir a beleza que há nesses gêneros, bastando para isso algum esforço, paciência, além de procurar se livrar de um certo preconceito comum de quem “não ouviu e não gostou”.

Fazer uso da premissa de que “gosto não se discute” para classificar uma obra musical como ruim é, além de simplista, desconhecer que a música apresenta harmonias, melodias, e várias outras questões técnicas que devem sim ser discutidas e compreendidas antes de serem julgadas.

É difícil alguém ouvir o violão e a voz de João Gilberto com atenção, por diversas vezes e em silêncio, e não gostar do que ouviu. Mas não é impossível. Há quem conheça o trabalho dele e não goste, não se identifique. No entanto, deve-se reconhecer a qualidade e a virtuosidade de seus trabalhos. Também há quem não goste da pessoa de João Gilberto, porque nem sempre é fácil separar o artista de sua obra, mas isto é uma outra história.

O que cabe finalmente destacar é que é possível se educar para a música e que a música é uma arte que deve ser cultivada por todos, com enormes benefícios para os indivíduos e para toda a sociedade. 

Eduardo Beraba Villarim