
O álbum de estréia dos britânicos do Rakes foi uma boa surpresa de 2005, mas dois anos depois, eles ainda precisavam passar pelo teste crucial do segundo trabalho. Como dizem, você tem a vida toda para fazer o primeiro disco, mas apenas alguns meses para fazer o segundo. Apesar da pressão, a banda se saiu bem. Se
Capture / Release tinha ótimas músicas, lhe faltava unidade.
Ten New Messages consegue resolver o problema apostando em uma atmosfera mais dark. Se você pensou em Interpol ou She Wants Revenge, acertou. A união dessas referencias ao rock energético da estréia dá o tom do álbum. A cadencia de algumas fixas lembra Strokes, mas os vocais pesarosos e as batidas dançantes de faixas como “We Danced Together” e a robótica “On a Mission” não deixam que a repetição se instale. Entre as novidades se destaca o clima soturno propiciado pelos bons backing vocals na já citada “We Danced Together”, “Down With Moonlight” e “Suspicious Eyes”. Essa última, a melhor surpresa do álbum, por apostar em uma mistura inusitada (e bem sucedida) entre indie rock e rap de branco. Também valem ser mencionadas as faixas de abertura e fechamento, “The World Was a Mess But His Hair Was Perfect” e “Leave The City And Come Home”, respectivamente.
Ten New Messages não é um clássico, mas o Rakes passou no teste com folga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário