quinta-feira, 4 de outubro de 2007

6° Móveis Convida

Já que a moda é notícia velha, vamos ressuscitar o Móveis Convida também:


A noite da sexta edição do Móveis convida começou quase na hora prevista com o Velhos Usados e a maioria das pessoas ainda estava do lado de fora comprando cerveja (que custava o mesmo dentro e fora do Centro Comunitário) e fazendo um social. A banda, que alguns insistem em comparar ao MCA, até que é um bom show de abertura, mas ainda passa longe da originalidade dos anfitriões da noite.


E falando em originalidade, ela não foi o que faltou quando o Canastra subiu ao palco tocando o hino nacional. O vocalista Renato Martins confessou depois na comunidade do orkut que ficou impressionado com a quantidade de pessoas cantando junto. Começando com um set parecido com o do dia anterior na Fnac (hino nacional + mesma fala de abertura + chega de falsas promessas), o Canastra logo pegou outro caminho e fez um bela mistura de música velhas e ainda não usadas com novas e cheias de frescor. Meu Capputiino, Pomo de Adão, diabo apaixonado, miss simpatia e outras tantas se entrosaram muito bem com os covers de Viva Las vegas e de besame mucho. O show foi infernal e fez jus a reputação de gigantes no palco. Difícil não se impressionar com o performance no contrabaixo acústico de Edu Vilamaior ou ficar sério perante o jogo de cartas de Marco Serragrande e Marcelo Magdaleno nas músicas sem naipe de metais. O show conquistou muitos que nem mesmo conheciam a banda e conseguiu agradar até a alguns fãs do Teatro Mágico.


Aliás, o público do Teatro merece um capítulo à parte. É sempre tocante presenciar um público com tamanha paixão por uma banda. Neste ponto, o Teatro tem o público perfeito. Uma multidão que canta tudo a plenos pulmões. O problema é que pra cada menina distribuindo balões, pra cada rosto pintado naquela platéia, para cada malabar, tinha cinco mau educados empurrando todo mundo num frenesi para chegar a frente do palco e outros tantos atrapalhando o show das outras bandas. O público do Teatro Mágico está caminhando para se tornar tão fanático e babaca como o público dos Los Hermanos da turnê do Quatro. O que é uma pena, já que isso vai contra a própria proposta do grupo, como aliás, também aconteceu com os barbudos.


Ver a trupe do Teatro Mágico ao vivo é uma experiência incomparavelmente superior a qualquer MP3. Se nas música a banda nem sempre faz jus ao nome, ao vivo não se pode outra usar palavra se não espetáculo. Todo mundo é performático nessa banda, quer dizer, trupe. Ao vivo dá pra entender a diferença. Existe uma ingenuidade e um romantismo tipicamente circenses no show do Teatro, números de trapezistas, malabares e palhaços são quase esperados,e mesmo assim causam perplexidade. E em tempo: esqueça Cat Power, Bianca Jordão ou Vanessa Krongold ou qualquer outra menina de banda. Quando você ver Gabi, a palhacinha e malabarista do TM você VAI se apaixonar.


Surpresa mesmo foi ver o fôlego dos donos da casa ao entrarem após o Teatro. A multidão que até então tinha sido roubada pela ilusão do Teatro Mágico subitamente acordou e clamava pela banda antes mesmo dela começar. Tocando músicas novas e muitos covers de Raul Seixas o MCA fez um apresentação de fazer todos se mexerem, como sempre aliás, e terminaram em grande estilo com a tradicional roda de balalaica bombada por membros do Teatro Mágico e do Canastra. Fernando "Goma" Oliveira do Canastra, inclusive passou o resto do show pogando com a galera. Uma noite como essa só poderia acabar com as três bandas no palco na versão Móveis de se essa rua fosse minha.


A banda caprichou nos convidados, dificilmente outra banda, além do próprios MCA, seguraria a onde de tocar depois do energético show do Canastra como conseguiu o Teatro Mágico, e poucas bandas poderiam ter tocado para um público ávido de performance como o do Teatro além do Canastra. Sem sombra de dúvida o melhor de todos Móveis convida, lado a lado com o da Orquestra Imperial. Fica a pegunta: e agora, o que virá depois?


P.S.: Uma entrevista com Renato Martins do Canastra feita por este que vos escreve pode ser lida aqui .

3 comentários:

Léo Werneck disse...

caralho, voce postou!
muito bom, cara
vou ler a entrevista

Jeaninne Doe disse...

uhuuuu tipico do andre ese texto! hauhauhauhau
foi ele mesmo?! ele deveria ter assinado e talz...bjks

Jeaninne Doe disse...

hauhauh ignora meu comentario! uahuahuahuah