terça-feira, 16 de outubro de 2007

Discoteque – Discoteque (2002)

O Discoteque existiu por um curto período de tempo e era mais conhecido como a-outra -banda-do-bil, vocalista do também finado Noção de Nada. Uma pena, pois o único disco do quarteto do Rio de Janeiro mostrava uma banda com enorme potencial, inclusive comercial. A alternância entre canções em português e inglês e entre dois vocalistas evita a repetição exagerada sem tirar a identidade do som da banda. Os vocais de Bil são facilmente reconhecíveis e imprimem emoção às canções sem soarem chorosos ou fofinhos demais. Os de Kindim, apesar de menos marcantes também são bons e dão um toque mais pop ao disco. Já as letras são, em sua maioria, simples, curtas e bastante pessoais. Apesar disso, conseguem fugir da chatice melodramática da maioria das bandas emo. Os arranjos passeiam entre os terrenos do post hardcore e do indie rock de bandas como Superchunk e Pavement, tudo com um acabamento relativamente pop. Entre as (poucas) 11 faixas, se destacam “Cantor”, “Brainstorm”, “Place” e “Tempo”. O maior problema do álbum é a gravação abafada, que não faz justiça às canções. Nada que incomode muito, mas caso algum dia o disco venha a ser reeditado, não faria nenhum mal pensar em uma remixagem ou remasterização.

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