terça-feira, 9 de outubro de 2007

Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace (2007)

Ao longo do tempo, o Foo Fighters se tornou conhecido por sua mistura de rock alternativo, pop rock radiofônico e rock de arena setentista, do qual bandas como Green Day e My Chemical Romance tentaram se aproximar nos últimos anos. Nesse aspecto, Echoes, Silence, Patience And Grace não é diferente de qualquer outro álbum da banda, exceto por uma presença um pouco maior de pianos nas baladas. Após uma entrada calminha, bateria e guitarras chegam com toda força, deixando claro que o Foo Fighters ainda é uma banda de rock pesado. "The Pretender" é o primeiro single e a música de abertura de Echoes, além da melhor canção da banda em muitos anos. Alternando entre passagens leves e os tradicionais vocais gritados de Dave Grohl, a música dá o tom da primeira metade do disco.

Se no álbum (duplo) anterior, In Your Honor, a banda separou suas duas facetas em um disco cheio de rocks energéticos e outro com toda a melancolia de suas baladas quase acústicas, nesse lançamento, os caras optaram por mesclar essas facetas. A idéia foi, invés de misturar rocks e baladas no tracklist, misturar partes calmas e pesadas em cada uma das canções. São exemplos desse conceito músicas como “Erase Replace”, “Come Alive” e “Let It Die”, que causou controvérsia por supostamente versar sobre Kurt Cobain e Courtney Love, algo que não foi nem confirmado nem desmentido por Grohl.

Apesar dessa mistura ser a maior marca de Echoes, não faltam sons que fujam à regra. “Long Road To Ruin” e “Cheer Up Boys, Your Makeup Is Running” (um recado aos emos?) são representantes legítimas dos hits pops do Foo Fighters. Com bom potencial radiofônico, ambas ajudam a tornar o álbum mais divertido. Já “The Ballad of the Beaconsfield Miners” e “Stranger Things Have Happened” fazem lembrar que Eddie Vedder não está sozinho em sua devoção a Neil Young. Folk até o osso, as duas faixas quebram o ritmo e dão um toque sulista ao disco. “Statues” também se destaca por soar tão absurdamente setentista que poderia estar na trilha sonora de Quase Famosos e ninguém desconfiaria não se tratar de uma música da época.

Infelizmente, Echoes perde um pouco o fôlego em sua segunda metade, com várias baladas se sucedendo, o que acaba por matar o álbum antes de seu final. Por sorte, grande parte das versões do disco vem com uma música extra em seu final. “Once and For All” é creditada como uma demo, mas soa tão finalizada, bem produzida e gravada quanto todas as outras faixas. Não é uma canção excepcional (na verdade lembra várias outras músicas da banda), mas traz a energia de volta e deixa claro que apesar de escrever ótimas baladas melancólicas, a maior contribuição de Dave Grohl à música são seus rocks radiofônicos gritados a plenos pulmões.

2 comentários:

Pirata disse...

É... o disco anterior é melhor! E realmente tem um recado para os emos naquela música! Porra, Leo! Vc não lê a Zonapunk?
ahahahahahahahahahahahaha
Abraço

Léo Werneck disse...

hehehe! o que o zonapunk falou sobre a letra dessa música? não lembro...