segunda-feira, 23 de abril de 2007

Brasília em Chamas

Na falta de locais realmente adequados para os eventos underground na cidade, as produtoras se viram para realizar os shows em lugares que sejam pelo menos agradáveis. Desta vez a Reverso escolheu o Blackout Bar. Apesar de não ser propriamente um bar, muito menos uma casa de shows, o lugar é amplo, ventilado e permitiu a montagem de um pequeno palco e de uma mini feira underground, iniciativa legal, que estimula o comércio alternativo e entretém o público entre os shows. De forma geral, o som também estava bom.

Por Volta das 23 horas, o ADI subiu ao palco para dar inicio às apresentações da noite. O Rock N Cigarettes, que ainda não estava presente no local por volta das 23 horas, ficará devendo a resenha deste show. Depois do ADI, quem subiu ao palco para mostrar seu trabalho foi o Ilustra, que desfilou seu post hardcore / screamo, mostrando boa técnica e postura no palco. Bem ensaiada, a banda conta com dois vocalistas que, apesar de individualmente ainda poderem melhorar um pouco, se complementam bem. Porém, mesmo com a boa apresentação, o Ilustra ainda não está no mesmo nível das bandas que se apresentariam logo depois.

Em seguida, mostrando técnica e presença de palco impressionantes, o Lesto! fez um ótimo show. Seu hardcore com influencias de metal é empolgante e consegue agradar desde os metaleiros e fãs de HC old school até admiradores de estilos menos pesados. Os vocais guturais de Bruno são um show à parte. Neste show, o Lesto! mostrou ser uma das bandas mais profissionais do meio independente brasiliense, e que não fica atrás de nenhuma banda famosa de outros estados. Prato cheio para que gosta de um som pesado.

Mas a gritaria ainda não havia terminado. O Dance Of Days, estrela da noite, era a próxima atração. A banda veio à cidade lançar seu primeiro DVD, Metrópoles em Chamas, e mostrou porque são um dos principais nomes da cena nacional. Com enorme carisma e status de sex symbol, Nenê Altro teve o público em suas mãos durante todo o show. A banda toca muito bem e as músicas falam por si mesmas, já que Nenê é hoje um dos melhores compositores do rock nacional, ao lado de Rodrigo Koala, do Hateen. Distribuindo bem seus hits pela apresentação e tocando uma música inédita, o Dance of Days sabia bem o que estava fazendo, mostrando experiência e profissionalismo. Talvez por conta do horário, o Blackout Bar começou a se esvaziar um pouco antes do final do show, fato que não tirou o brilhantismo da apresentação dos paulistas. Espera-se que voltem logo para incendiar a cidade novamente.

14 comentários:

Pirata disse...

Por que será que não me lembro de nenhum show?
heheheheh
Abraço

xNegretex disse...

Bacana a resenha, mas assim, vocês falam de hardcore como se isso aí fosse hardcore. Bom, acho que vocês deveriam se informar e saber o que realmente é hardcore para usar esse termo.

Léo Werneck disse...

Obrigado pelo comentário, negrete. fiz uma pequena modificação, mas devo explicar que quando aqui me refiro ao hardcore, não estou falando do movimento cultural e político ou do estilo de vida, mas apenas de um estilo musical. da mesma forma que qdo falo que o Dissonicos toca punk rock, não estou me referindo ao movimento punk em suas diversas matizes e suas implicações ideológicas, apenas à musica punk.

Confesso achar q não cabe a uma resenha de show discutir o movimento como um todo, mas te convido a escrever um texto sucinto sobre o movimento hardcore para ser publicado aqui. Se tiver interesse, entre em contato.

Abraço!

Anônimo disse...

Boa resenha leo
Não fui no show mas gostaria de ter visto o show do Lesto.
abraço

Anônimo disse...

Para ser polícia esse pessoal precisa comer muita soja ainda, Brunão. E quem aqui precisa de policiais de blog? Acredito que há mais o que fazer pela "entidade sobrenatural HardCore". Amém.
Dona Joana

Anônimo disse...

Gostei da Resenha, Leo. Sou vocalista do Ilustra e gostei das criticas.

Mantenha isso aqui, firme. Blogues sobre o rock local sempre são bem vindos.

Sobre o lance ser hardcore ou não, não importa né?

abraços

xNegretex disse...

Não estou querendo bancar policial de nada senhor ou senhora anônim@.
Eu apenas acho que o termo "hardcore" tomou dimensões bastante esquisitas. Eu fui ao show do Dance Of Days, conheço os meninos do Ilustra e gosto pra bastante de ambas as bandas, mas na minha concepção, elas não são hardcore. Muitas pessoínhas como vocês anônim@s além de não ter um senso crítico apurado, ou seja, vão na onda da galerinha descolada, são covardes o suficiente para não mostrarem seus rostinhos rosados.

Regis, não te conheço pessoalmente, mas deixo aqui meus sinceros elogios, sua resenha ficou ótima, apenas não concordei com o uso do termo. Não quero que se sinta coagido por este meu comentário.
Apenas expus uma crítica.

Um abraço!

Anônimo disse...

Beleza... ai, curti esse blogger! Achei fodão mesmo, depois se rolar dar uma passada no meu

Po negrete... Acho que não cabe ficar dizendo não só aqui mas em qualquer outro lugar o que é, e o que não é hardcore... Até porque cada um tem diferentes concepções e visões da parada, tu sabe como é =D

Anônimo disse...

Droga, queira ter ido nesses shows, mas a 'idade' e a saúde não permitiram. Pelo menos eu passo aqui e fico bem informado dos acontecimentos.
Agora eu vou ler o blog todo dia porque sempre tem uma polêmica e me divirto com essas situações.
Fallow

Anônimo disse...

A resenha ficou bacana sim... só o termo "tocar bem" é muito relativo (também). O que é tocar bem? É estar ensaiado? Tocar no beat? Tocar empolgado?
Se não me engano, nenhuma música do DOD foi gravada no metrônomo, os vocais são desafinados e em várias músicas, dá pra perceber até algumas guitarras desafinadas.
Eu acho a banda massa, músicas fodas e letras idem, mas sei que eles não tocam bem...

Valeu

\o/

xNegretex disse...

Orra! Não tocam bem? Acho as guitarras do DOD muito fodas, desde o primeiro CD! O baixista da minha banda costuma dizer que quando eu (tento?) fazer umas oitavadinhas chega a ser notáveis as minhas influências.. hehehe Gosto bastante do DOD.

xNegretex disse...

Ah! E pessoal do Blog, valeu por ADD a Disforme no fotolog!

Léo Werneck disse...

Seu Arlindo, "tocar bem" é mesmo um termo relativo. Qdo escrevo isso, não estou tentando avaliar a capacidade técnica deles como instrumentistas (nem tenho capacidade para tanto). Na minha concepção, tocar bem é tudo o que vc falou. é errar pouco, estar bem ensaiado, tocar com tesão, é a banda soar bem, dentro do seu próprio estilo e proposta, é claro. Abraço!

Anônimo disse...

nenê e rodrigo melhores compositores do rock nacional? você não pode estar falando sério! se bem que diante dos "pontos de referência" pode até ser. oh god.