quinta-feira, 14 de junho de 2007

Entrevista com o Móveis Coloniais de Acaju no Porão do Rock 2007


Sobre o tamanho da banda

(...) quanto ao fato da banda ser muito grande, acho que a gente tem conseguido transformar isso de uma desvantagem em uma vantagem, até porque as pessoas desempenham outras funções dentro da banda.

Sobre projetos futuros

A gente tá com vários projetos. O primeiro vai ser lançado agora em junho, provavelmente, que é o “Vai Tomaz no Acaju”, um projeto com o Gabriel Tomaz, que vai sair em LP, com o Móveis junto com o Gabriel, tocando músicas do Little Quail [and The Mad Birds] e do Câmbio Negro. Vai sair em vinil, um compacto. A gente também está começando a produção do nosso segundo CD. A previsão de lançamento é para o primeiro semestre do ano que vem.

Sobre o processo de composição

A gente fala de brincadeira que se uma música passar pela aprovação de todos nós, vai ter alguém mais que vai gostar.

A gente sempre prezou muito a democracia dentro da banda. É pelo poder argumentação que a gente convence um ao outro.

Cada um na banda tem referências diferentes, a família de cada um é de um lugar diferente e traz idéias diferentes para a banda. O Móveis é muito Brasília. Cada um tem uma identidade diferente e isso acaba gerando uma identidade muito própria.

A gente também tem identificação com públicos diferentes. Algumas pessoas gostam dos sopros, outras gostam do ritmo, outras gostam das melodias, ou das letras.

Sobre a relação com o público

No inicio, por ser muita gente, uma parte da banda tocava no meio do público, e desde o começo a gente promoveu uma troca muito grande com o público. A gente toca junto com o público.

A gente sempre procura conversar com o público, tocar as músicas novas, ver a reação que eles tem. A gente faz o oposto do que geralmente se faz. A gente toca, vê como foi a interação, aí a gente arruma, melhora, vê como ficou, só depois a gente grava a música.

Eu acho que banda hoje, não só do meio independente, tem que fazer show. Com a crise do mercado fonográfico, a formação do público acontece é nos shows. A gente sempre foi uma banda de show. Sempre investimos nos shows.

Sobre o Porão do Rock

É interessante, porque o Porão sempre marca um momento da banda. Cada uma das 3 vezes que a gente tocou a banda tinha uma característica. No primeiro momento, a média de idade da banda era de 17 anos, isso foi em 2000, e a gente ainda não tinha essa proposta que a gente tem hoje, Isso começou em 2002, 2003. No segundo momento, a gente já tava muito mais ligado ao mercado independente. A gente lançou um disco que vendeu 2000 cópias em duas semanas. Isso tudo assim, a gente panfleta, a gente vende o disco, e hoje tá em 6000 cópias. E eu acho que a segunda vez no Porão refletiu bem esse momento. (...) a gente já tinha um público (...). E agora, eu acho que marcou o auge do trabalho que a gente vem fazendo há dois anos com o disco.

É legal porque o primeiro show no Porão foi a primeira vez que a gente ouviu todos os instrumentos. No inicio, queriam botar os sopros lá atrás, como se fossem músicos contratados. A gente disse não (...). Por isso o show de 2000 foi o mais impactante. Foi importante pra marcar as posições da banda, foi a primeira vez que a gente acreditou que a gente podia viver disso.

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Acesse o site da Protons e leia a resenha de todos os 26 shows do Porão do Rock 2007, com fotos e vídeos.

Um comentário:

Anônimo disse...

ei... eu acho q esse projeto ai... deles foi adiado.. ia ser dia 14 mas agora nem eles sabem qdo vai ser... humpf... bjks