quarta-feira, 14 de maio de 2008

Anti-Flag - The Bright Lights Of America (2008)

The Bright Lights Of America é o segundo álbum dos punk rockers do Anti-Flag pela major RCA. Se o lançamento anterior, For Blood And Empire, era uma continuação natural do trabalho dos estadunidenses, aqui a influência mainstream começa a aparecer de verdade, não no processo de composição, mas na produção do álbum. Esse é o maior defeito de The Bright Lights Of America: ele é produzido demais.

Pianos, teclados, sopros, arranjos de cordas, corais de crianças e efeitos como eco, sinos, explosões e trovões simplesmente não combinam com o punk rock do quarteto e quase ofuscam as boas composições. Isso fica evidente em “Shadow Of The Dead”, “The Ink And The Quill (Be Afraid)” e em “Good And Ready”, tão empolgante que sobrevive à sinos, efeitos eletrônicos, um arranjo de cordas e às crianças pentelhas, tudo em menos de 4 minutos de música.

Apesar de todo o exagero, o Anti-Flag vem progressivamente se tornando uma banda melhor, mais completa e menos repetitiva, e as boas composições salvam The Bright Lights Of America do fracasso. As duas músicas que abrem o disco, a já citada “Good And Ready” e “The Bright Lights Of America” são muito boas e se equilibram bem entre o punk rock que fez a fama da banda e o pop punk para o qual estão se encaminhando.

Do lado das músicas que trazem algo novo ao som do quarteto, “Go West” surpreende com uma gaita bem encaixada, apesar de ser uma música um pouco repetitiva. E do lado daquelas que não trazem nada de novo, o destaque é a porrada “Spit In The Face”, que conta com um ótimo solo metaleiro e é surpreendentemente longa para sua velocidade. No final das contas o punk rock sobreviveu à superprodução e o Anti-Flag criou um bom álbum, recheado de temas políticos, para apresentar a seus fãs.

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