terça-feira, 7 de agosto de 2007

Jimmy Eat World – Bleed American (2001)

Ouve um tempo em que o termo emo era usado para se referir a bandas como Mineral, Get Up Kids e o próprio Jimmy Eat World. Esse tempo há muito passou, mas trabalhos de qualidade só se tornam ainda mais relevantes com certo distanciamento histórico. É o caso deste Bleed American, 3° álbum do JEW, lançado em 2001 (e que se tornaria auto intitulado após os ataques de 11 de setembro). Após serem demitidos por sua gravadora (Capitol Records), os caras gravaram este disco sozinhos, sem saber se o lançariam um dia, mas produziram seu melhor trabalho, equilibrando com perfeição suas influencias pops, punk rock e indies.

A música-título abre o álbum, seguida pela ótima “A Praise Chorus” e pelo single “The Middle”. Uma abertura cheia de energia e peso, mostrando que apesar das baladas e do faro pop, o JEW é uma banda roqueira até os ossos. Daí para frente passam a se alternar baladas e canções mais pesadas e animadas, até o final com a bonita “My Sundown”. Deve-se destacar os bons backing vocals da convidada Rachel Haden, que acrescentam um toque ainda mais pop às melodias e aos vocais de Jim Adkins. Também se destaca o ótimo trabalho das guitarras em “Get It Faster”, uma das melhores músicas de Bleed American, e os pianos muito bem colocados em várias faixas.

As letras não ficam para trás, cheias de referencias à canções de outros artistas, o que mostra a ampla gama de influencias da banda. Mas o que realmente faz de Bleed American um álbum que vale a pena ser ouvido são as ótimas melodias presentes tanto nas canções guitarreiras, quanto nas baladas com arranjos intrincados. Emo ou não, este é um álbum que sobreviveu ao hype e aos rótulos, algo do que poucas bandas podem se orgulhar.

Nenhum comentário: