terça-feira, 18 de março de 2008

Millencolin – Machine 15 (2008)

Depois de 3 anos os suecos do Millencolin estão de volta com seu 7º álbum, Machine 15. Como era de esperar, este é um álbum bem diferente dos lançamentos anteriores da banda, que tem uma sonoridade marcante, mas produz discos com feelings distintos. A música título abre esse trabalho no clima de Kingwood, álbum anterior do quarteto. Mais rock n roll do que hardcore, “Machine 15” lembra o trabalho dos conterrâneos do Hives e Randy. A partir daí, o disco começa a surpreender. ”Done Is Done” é pesada e tem um arranjo de cordas esquisito que produz um bizarro hardcore orquestrado. Já a faixa de divulgação, “Detox”, é bastante pop, com um piano fazendo fundo a um rock radiofônico muito bom.

Após este início quase esquizofrênico o álbum começa a trilhar um caminho próprio, seguindo em direção ao mundo das rádios. Poderia ser bom, mas é apenas aguado. Lou Giordano acerta na produção, dando ao álbum uma sonoridade compatível com as composições. O estilo limpo da gravação cai bem ao feeling pop que predomina no trabalho e, excluindo as estranhas orquestrações, os pianos, teclados e efeitos de estúdio se encaixam bem, provando o talento do produtor. Paradoxalmente, a ótima produção faz Machine 15 se parecer ainda mais com discos esquecíveis de várias bandas de pop rock que costumam sumir das rádios tão rápido quanto aparecem as próximas.

As letras do vocalista Nikola também soam mais genéricas, sem a sinceridade tão característica tanto de seu trabalho solo quanto com o Millencolin. Além da música título e de “Detox”, após os 45 minutos de rock se destacam apenas “Who's Laughing Now” e “Brand New Game”, com seu refrão quase emo. Essa última também é dona da melhor letra de Machine 15, um apanhado de referencias à músicas anteriores da banda que é um deleite para os fãs de longa data. Considerando-se a capacidade e qualidade do Millencolin, este é apenas um disco menor na discografia dos caras.

4 comentários:

Jeaninne Doe disse...

vc é mto critico... humpf... faz melhor! ahuhauh

Pirata disse...

Leo, sinto muito, mas eu pirei neste álbum! Claro que não é melhor que os antigos, mas se esperasse isto, estava era fudido... Deixa de ser mal humorado e curta o Machine 15 direito! ahahahahahahaha

Bom, já reclamei o bastante!
ahahahahahahahahhahaha

Abraço

Armando Fontes disse...

Fala Leo, com fã da banda desde que o Same old Tunes se chamava Tiny Tunes (tenho o original com a capa da paródia com a Warner) definitivamente o DNA da banda mudou.
Amadureceram, ok ok...mas cadê aqueles skazinhos matadores e divertidos?
Isso é Millencolin pra mim.
Tb não curti os efeitinhos.
Ainda estou na fase de escutar direto pra cantas junto.
Mas comparando as faixas do album a um grupo de 15 mulheres, não sou capaz de lembrar com facilidade a cara ou nome de nenhuma. Logo, nenhuma se destacou muito na paisagem.

Vamos ver se com a convivencia eu decoro.

Anônimo disse...

Eu discordo. Curti bastante o album. Sou fã desde o começo da banda. A banda mudou realmente, mas todos mudam com o passar do tempo, isso não quer dizer que está pior. Odeio resenhas comparativas com o passado da banda. Essas criticas nostalgicas não levam a lugar algum, só levam a sempre fazer questão de não gostar do que é atual. Estou ouvindo Machine 15 e posso dizer que é um ótimo album.