
Essa aí em cima é a capa do novo disco do Green Day, 21st Century Brakdown, que será lançado em maio. Confesso que achei a imagem mais ou menos. Aparentemente o álbum é dividido em 3 “atos”: Heroes And Cons, Charlatans And Saints e Horseshoes And Handgrenades, com várias músicas cada. Trata-se, portanto, de outra opera rock, mas ao que tudo indica não tem qualquer conexão com o disco anterior da banda, American Idiot.
A revista estadunidense Alternative Press já havia publicado uma matéria com a banda em dezembro do ano passado. Na ocasião, tiveram a oportunidade de escutar algumas das faixas do disco novo, sobre as quais teceram comentários mais ou menos elogiosos. Procurem os scans por aí, vale a pena. Se o Green Day não se perder em suas próprias pretensões, 21st Century Brakdown tem tudo para ser um dos principais lançamentos do ano, mesmo após tanto tempo longe da mídia.
2009, aliás, parece que vai ser bastante agitado para os fãs de pop-punk-rock-hardcore-e-afins. Sem lançar nada desde 2003, o Rancid está terminando as gravações de seu próximo trabalho, que tem produção de Brett Gurewitz, o famoso guitarrista do Bad Religion e dono da Epitaph Records, gravadora que definiu uma geração do rock underground dos EUA.
Mr Brett já havia produzido o 2º álbum homônimo da banda, em 2000. Na época o trabalho impressionou por ser o mais sujo e rápido do quarteto. Esse novo disco será o primeiro do Rancid sem o baterista Brett Reed, que deixou a banda há alguns anos e foi substituído por Branden Steineckert, que tocava na banda emo The Used.
A outra novidade que está mexendo com os fãs é a volta do Blink 182. O trio anunciou sua volta no último domingo na emtrega dos prêmios Grammy, que todo mundo sabe do que se trata (o Oscar da indústria musical e blá, blá, blá). A banda prometeu novidades para o próximo verão gringo, o que significa provavelmente uma turnê em junho ou julho. Eles também vão gravar outro disco, mas ninguém sabe se sai ainda esse ano. Pouco provável. Nada como uma tragédia pra unir as pessoas, certo? Geoge W Bush sabe bem como funciona.
Mas mau humor a parte, o disco cria grandes espectativas, após a recepção morna aos trabalhos do Angel And Airwaves de Tom DeLonge, e do +44 de Mark Hoppus e Travis Barker. Para mim, o AVA se encaixa perfeitamente naquela onda que falei do Green Day de se perder nas próprias pretensões. O +44 eu acho um pop-indie-punk bem mais honesto e divertido.
Será também curioso ver se abanda vai voltar ao velho som que os consagrou, ou vai dar continuidade às experimentações do último disco, de 2003. Sinceramente, acho que se eles tentarem repetir Enema Of The State, vão se dar mal. Eles não são mais os mesmo, a década também não. Mas espero algo melhor que o disco homônimo, que é bom, mas chato. Aliás, o excesso de expectativas é a primeira batalha que o trio vai ter que ganhar.
O site da MTV americana tem um ótimo artigo escrito pelo jornalista James Montgomery, que conta que foi um grande fã da banda quando adolescente e que esqueceu dos caras quando entrou para a universidade e virou jornalista. Ele queria ouvir um som mais adulto e mergulhou de cabeça no rock-de-jornalista. Mas a volta do Blink deixou o cara nostálgico e ele não consegue se segurar de tanta empolgação e ansiedade. O nome do artigo é “A reunião do Blink 182 vai mudar o mundo?”. São tempos messiânicos nos EUA, mas confesso que a expectativa com os três lançamentos é grande aqui no Rock N Cigarettes também.