
O Soma, casa onde o Alkaline Trio se apresentou no último dia 27 de julho na bonita cidade de San Diego, é pouco mais que um galpão que não vende bebidas alcoólicas, mas tem um belo palco e um som muito bom. O local estava bem cheio e pelas contas muito imprecisas desse repórter, cerca de 1500 pessoas (quase todos adolescentes ou universitários) deviam estar presentes para assistir os mais novos astros do pop punk norte-americano.
Mais do que pontualmente, a banda de abertura, a dinamarquesa The Fashion, entrou em ação com alguns minutos de antecedência. Mostrando um pop rock regado com programações e barulhinhos de teclado, o quarteto fez um show animado, apesar da apatia do público que ainda entrava na casa. Claramente, o The Fashion ainda é uma banda inexperiente (principalmente se comparada às bandas que tocariam logo depois), mas mostrou um som e repertório consistentes, e potencial para se tornar um novo Motion City Soundtrack. Com um gostinho de anos 80.
Profissionalíssimos, em seguida subiram ao palco os americanos do American Steel. Com um rock mais adulto e mais condizente com o som da banda principal da noite, o quarteto mostrou experiência desde a rápida passagem de som (que consertou os problemas presentes no show anterior), até a postura de palco que mostra domínio do espaço, passando pelos vocais seguros de Rory Henderson. No entanto, a banda praticamente tocou para ela mesma.
Com pose de banda grande, o Trio demorou bastante para entrar em cena. Após várias checagens e arrumações de palco pelos roadies da banda, o público começou a mostrar sinais de impaciência. No entanto, todo o incomodo da demora desapareceu uma vez que a banda começou a tocar, abrindo o show com "Calling All Skeletons", primeira faixa do novo album dos caras, Agony and Arony. Desse último trabalho foram apresentadas “Do You Wanna Know”, “In Vein”, “I Found Away” e o single “Help Me”, que pode ser ouvido nas rádios rock americanas.
Mas a apresentação dosou de maneira satisfatória musicas de todas as épocas da banda, agradando tanto fãs dessa fase mais mainstream, quanto os que os acompanham a desde o início de carreira. Curiosamente, os caras optaram por não tocar "Stupid Kid", single fan-favorite do álbum From Here To Infirmary. Deste disco tocaram "Private Eye" e "Armagedon", que agitaram o público, como também fez "This Could Be Love" e “Warbrain”. Alternando entre punk rocks e músicas mais lentas, como "Mercy Me" e "Time To Waste", o Trio conseguiu manter o público ligado ao longo de todo o show, cerca de 1 hora e 15 minutos, com direito a falso encerramento para o bis.
A banda mostrou experiência e qualidade na execução das músicas. Ambos os vocalistas seguram bem as partes mais difíceis, mostrando que não precisam de pró-tools. Apesar disso, não demonstram grande empolgação e não se movimentam muito pelo palco. Para sorte deles, nada disso é necessário, já que as composições falam por si mesmas. Isso é especialmente perceptível quando eles voltam ao palco dizendo que esqueceram de tocar uma música e Matt Skiba toca os primeiro acordes de “Radio”, cantada a plenos pulmões pelo público.
O ponto negativo que vale a pena ser comentado é a apatia geral do publico norte americano. A exceção de uma dúzia de empolgados colados na grade e outra dúzia pulando numa roda mais violenta do que é de costume no Brasil, as centenas de fãs se limitam a olhar a banda e balançar levemente a cabeça ou bater o pé. Quando a empolgação toma conta, todos aplaudem e cantam a músicas junto com a banda. Por algum motivo, os punk rockers estadunidenses parecem cachorrinhos adestrados, e não se incomodam com um segurança-macaco plantado no meio da platéia, tampando a visão de outra dúzia de desafortunados que balançam levemente a cabeça. Não é à toa que tantas bandas falam bem do público quando vem tocar no Brasil ou na Argentina.
Mais do que pontualmente, a banda de abertura, a dinamarquesa The Fashion, entrou em ação com alguns minutos de antecedência. Mostrando um pop rock regado com programações e barulhinhos de teclado, o quarteto fez um show animado, apesar da apatia do público que ainda entrava na casa. Claramente, o The Fashion ainda é uma banda inexperiente (principalmente se comparada às bandas que tocariam logo depois), mas mostrou um som e repertório consistentes, e potencial para se tornar um novo Motion City Soundtrack. Com um gostinho de anos 80.
Profissionalíssimos, em seguida subiram ao palco os americanos do American Steel. Com um rock mais adulto e mais condizente com o som da banda principal da noite, o quarteto mostrou experiência desde a rápida passagem de som (que consertou os problemas presentes no show anterior), até a postura de palco que mostra domínio do espaço, passando pelos vocais seguros de Rory Henderson. No entanto, a banda praticamente tocou para ela mesma.
Com pose de banda grande, o Trio demorou bastante para entrar em cena. Após várias checagens e arrumações de palco pelos roadies da banda, o público começou a mostrar sinais de impaciência. No entanto, todo o incomodo da demora desapareceu uma vez que a banda começou a tocar, abrindo o show com "Calling All Skeletons", primeira faixa do novo album dos caras, Agony and Arony. Desse último trabalho foram apresentadas “Do You Wanna Know”, “In Vein”, “I Found Away” e o single “Help Me”, que pode ser ouvido nas rádios rock americanas.
Mas a apresentação dosou de maneira satisfatória musicas de todas as épocas da banda, agradando tanto fãs dessa fase mais mainstream, quanto os que os acompanham a desde o início de carreira. Curiosamente, os caras optaram por não tocar "Stupid Kid", single fan-favorite do álbum From Here To Infirmary. Deste disco tocaram "Private Eye" e "Armagedon", que agitaram o público, como também fez "This Could Be Love" e “Warbrain”. Alternando entre punk rocks e músicas mais lentas, como "Mercy Me" e "Time To Waste", o Trio conseguiu manter o público ligado ao longo de todo o show, cerca de 1 hora e 15 minutos, com direito a falso encerramento para o bis.
A banda mostrou experiência e qualidade na execução das músicas. Ambos os vocalistas seguram bem as partes mais difíceis, mostrando que não precisam de pró-tools. Apesar disso, não demonstram grande empolgação e não se movimentam muito pelo palco. Para sorte deles, nada disso é necessário, já que as composições falam por si mesmas. Isso é especialmente perceptível quando eles voltam ao palco dizendo que esqueceram de tocar uma música e Matt Skiba toca os primeiro acordes de “Radio”, cantada a plenos pulmões pelo público.
O ponto negativo que vale a pena ser comentado é a apatia geral do publico norte americano. A exceção de uma dúzia de empolgados colados na grade e outra dúzia pulando numa roda mais violenta do que é de costume no Brasil, as centenas de fãs se limitam a olhar a banda e balançar levemente a cabeça ou bater o pé. Quando a empolgação toma conta, todos aplaudem e cantam a músicas junto com a banda. Por algum motivo, os punk rockers estadunidenses parecem cachorrinhos adestrados, e não se incomodam com um segurança-macaco plantado no meio da platéia, tampando a visão de outra dúzia de desafortunados que balançam levemente a cabeça. Não é à toa que tantas bandas falam bem do público quando vem tocar no Brasil ou na Argentina.
4 comentários:
Que inveja, Alkaline é muito bom. Bem vindo de volta.
não precisam de pro-tools?
fodasso! lendário soma!
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