
Localizado na área nobre de West Hollywood, em Los Angeles, o Troubador é uma casa de shows onde cabem cerca de 300 pessoas em frente ao palco. Com um equipamento de som de dar inveja a qualquer venue brasileira, a casa mantém aquele clima intimista de shows underground, sem seguranças ou grades separando o público das bandas. Apesar das muitas bandeirinhas de arco-íris na avenida, o que se via dentro do Troubadour eram roqueiros universitários, alguns adolescentes e poucos adultos comportados, todos convivendo na mais plena harmonia, mantida pelos preços ridiculamente altos do bar. Quando uma long neck de Budweiser custa 6 dólares, quase ninguém segura uma bebida na mão.
Com o maior atraso presenciado por esse repórter em shows nos EUA, a banda de abertura, os ingleses do Spacehog, entrou no palco da casa 4 minutos depois do previsto. Apesar de serem bons músicos, sobra ao quarteto pose e falta consistência musical. Alternando entre glam rock, hard rock tipo Guns N Roses, e até um pouco de grunge, cada música tinha a cara de uma banda diferente e o ponto alto do show foi um bom cover do Faith No More. Um desperdício de talento em meio a tanta pose e falta de direção musical.
Em seguida os estadunidenses do Black Market tomaram suas posições e mostraram um rock muito mais sincero e empolgante do que o do Spacehog, apesar de menos pesado. O quarteto, reduzido a um trio naquela noite, mostrou que os anos 90 continuam vivos e apresentaram um bom repertorio de músicas próprias, que não empolgou muito o público presente, ansioso com a entrada da banda principal. O vocalista Daryl tem uma postura de palco muito parecida com a de Alex Turner, do Arctic Monkeys, e o baterista parece saído diretamente de uma banda alternativa da metade da década passada. O som do Black Market é focado no rock alternativo americano da década passada, com alguma influencia de britpop. Sem grandes inovações, mas muito bom.
Chegou então a hora dos roadies tomarem o palco, com uma eficiência admirável. Poucos minutos depois o Subways tentou fazer uma entrada de impacto a partir de um camarim que fica no segundo andar e cuja saída é uma escada que dá direto no palco. Curioso. Sem enrolação, começaram o show com “Kalifornia”, escolha óbvia, mas muito boa. A baixista Charlotte Cooper e o baterista Josh Morgan tocam bem e são empolgados, mas é o vocalista Billy Lunn que domina o palco e chama o show para si, tentando entreter a platéia desde o início da primeira música. Entre palmas, concursos de gritos e singalongs o rapaz foi aos poucos conquistando o público, que progressivamente ficou mais animado com a apresentação.
Os backing vocals de Charlotte são impressionantemente parecidos com as das gravações, e a interação de palco entre ela e Billy também é muito boa, transmitindo para a platéia toda a empolgação de estar tocando (e ouvindo) rock n roll. Alternando entre músicas de seus dois discos (quase na mesma dose), o Subways fez a clara escolha de privilegiar as faixas mais pesadas e animadas. Das lentas apenas “Mary” foi tocada, ainda assim em uma versão um pouco acelerada, com o público todo cantando junto.
Apesar do espaço pequeno, alguns mais empolgados conseguiram abrir algo próximo a uma roda, onde se podia dançar mais espaçosamente do que em meio ao público blasé. Já no final do show, o energético vocalista Billy Lunn subiu no mezanino e finalmente conseguiu que o público atingisse o mesmo estado de empolgação que a banda. Quando se atirou do segundo andar, no entanto, encontrou apenas o chão. Ninguém na platéia abriu, mas os indies foram incapazes de aparar a queda do cara. Mesmo assim, Billy foi levantado e, sem tanta gravidade, carregado de volta ao palco. Depois de um falso fim de show, o trio voltou para tocar mais 2 músicas, finalizando com o hit “Rock N Roll Queen”. O Subways não entrou com o jogo ganho, mas mostrou competência, profissionalismo, empolgação e um preparo físico de dar inveja. Com isso, conquistou o público bunda-mole norte americano e fez um dos melhores shows que este repórter já assistiu.
Com o maior atraso presenciado por esse repórter em shows nos EUA, a banda de abertura, os ingleses do Spacehog, entrou no palco da casa 4 minutos depois do previsto. Apesar de serem bons músicos, sobra ao quarteto pose e falta consistência musical. Alternando entre glam rock, hard rock tipo Guns N Roses, e até um pouco de grunge, cada música tinha a cara de uma banda diferente e o ponto alto do show foi um bom cover do Faith No More. Um desperdício de talento em meio a tanta pose e falta de direção musical.
Em seguida os estadunidenses do Black Market tomaram suas posições e mostraram um rock muito mais sincero e empolgante do que o do Spacehog, apesar de menos pesado. O quarteto, reduzido a um trio naquela noite, mostrou que os anos 90 continuam vivos e apresentaram um bom repertorio de músicas próprias, que não empolgou muito o público presente, ansioso com a entrada da banda principal. O vocalista Daryl tem uma postura de palco muito parecida com a de Alex Turner, do Arctic Monkeys, e o baterista parece saído diretamente de uma banda alternativa da metade da década passada. O som do Black Market é focado no rock alternativo americano da década passada, com alguma influencia de britpop. Sem grandes inovações, mas muito bom.
Chegou então a hora dos roadies tomarem o palco, com uma eficiência admirável. Poucos minutos depois o Subways tentou fazer uma entrada de impacto a partir de um camarim que fica no segundo andar e cuja saída é uma escada que dá direto no palco. Curioso. Sem enrolação, começaram o show com “Kalifornia”, escolha óbvia, mas muito boa. A baixista Charlotte Cooper e o baterista Josh Morgan tocam bem e são empolgados, mas é o vocalista Billy Lunn que domina o palco e chama o show para si, tentando entreter a platéia desde o início da primeira música. Entre palmas, concursos de gritos e singalongs o rapaz foi aos poucos conquistando o público, que progressivamente ficou mais animado com a apresentação.
Os backing vocals de Charlotte são impressionantemente parecidos com as das gravações, e a interação de palco entre ela e Billy também é muito boa, transmitindo para a platéia toda a empolgação de estar tocando (e ouvindo) rock n roll. Alternando entre músicas de seus dois discos (quase na mesma dose), o Subways fez a clara escolha de privilegiar as faixas mais pesadas e animadas. Das lentas apenas “Mary” foi tocada, ainda assim em uma versão um pouco acelerada, com o público todo cantando junto.
Apesar do espaço pequeno, alguns mais empolgados conseguiram abrir algo próximo a uma roda, onde se podia dançar mais espaçosamente do que em meio ao público blasé. Já no final do show, o energético vocalista Billy Lunn subiu no mezanino e finalmente conseguiu que o público atingisse o mesmo estado de empolgação que a banda. Quando se atirou do segundo andar, no entanto, encontrou apenas o chão. Ninguém na platéia abriu, mas os indies foram incapazes de aparar a queda do cara. Mesmo assim, Billy foi levantado e, sem tanta gravidade, carregado de volta ao palco. Depois de um falso fim de show, o trio voltou para tocar mais 2 músicas, finalizando com o hit “Rock N Roll Queen”. O Subways não entrou com o jogo ganho, mas mostrou competência, profissionalismo, empolgação e um preparo físico de dar inveja. Com isso, conquistou o público bunda-mole norte americano e fez um dos melhores shows que este repórter já assistiu.