
A banda brasiliense Siltu foi formada em 2000. Há poucos meses lançou seu primeiro CD, Dose Dozes, totalmente independente. O quarteto, que se apresentou na Livraria Cultura no último domingo, é influenciado por diversas bandas de hardcore melódico, pop punk e punk rock. Confira a entrevista com o vocalista Raoni, que falou ao Rock N Cigarettes sobre música, fetiches e o teorema de Cauchy Schwartz.
Quem é você?
Raoni Rodrigues Barros, brasileiro, heterossexual.
Eu não sei o que significa Siltu. Que porra é essa?
No atual contexto, Siltu é um nome próprio, escolhido por mim e um grupo de amigos para nomear o nosso conjunto musical.
Fale dos integrantes, quem são o que e o que tocam. E o que fazem para ganhar o drink de cada dia?
Raoni, baixo e voz; André, guitarra e voz; Leandro, guitarra e Fernando, bateria. Não entendi essa do drink, mas geralmente pedimos pro garçom. Em dias menos badalados compramos no supermercado mesmo. Menos o André, ele não bebe (pasmem!).
Por que você escolheu tocar baixo?
Eu não escolhi essa vida, ela me escolheu.
Lembro de ter visto um show de vocês no Zoona Z em 2001. O que mudou de lá pra cá, além da barriguinha e os óculos do Leandro?
Bom, a principal mudança foi que o André se juntou a nós. E depois que ele entrou a gente começou a se agilizar mais como banda, tocar mais, gravar o CD e etc e tal. Antes era tudo muito desorganizado, como a gente gosta de falar: O Siltu era só o nosso futebol de sábado. Hoje em dia ela invade um pouco da semana também.
Qual foi o melhor show?
Que eu já fui? Less than Jake no Circo Voador. Do Siltu? Pô, cada show tem sua particularidade, mas um dos que eu mais me diverti foi um há algumas semanas atrás, abrindo pro Darvin e Skore, aqui em Brasília mesmo.
Me fale de um show que foi mais ou menos.
A maioria esmagadora. Nós ganhamos uma reputação por sermos medíocres.
Em quais cidades vocês já tocaram?
Só em Brasília e arredores e uma vez em São Paulo. Não somos exatamente a banda mais viajada, mas estamos tentando mudar isso.
O que você ouve no seu carro?
Meu som foi roubado há alguns meses e você não precisava me lembrar disso. Então, sei lá, acho que seriam... sons urbanos?
O que você ouve no banheiro?
O frango cantando.
E na cozinha?
O Leandro reclamando que não tem nada vegan.
Que parada é essa de tampar um olho? É uma campanha contra conjuntivite?
Esse é o tipo de coisa que muitos gostam de chamar de lombra torta. Essa idéia aí surgiu sem querer em uma sessão de fotos e o pessoal resolveu transformar numa marca registrada da banda. Tipo os braços cruzados acima da cabeça do Manowar, sacoé?
Quem da banda ainda é virgem?
Eu e o Leandro somos Touro, o Frango, acho que é de Câncer. Não sei, talvez o Dedé seja Virgem. Vou checar isso com ele e fico de te retornar.
Você tem algum fetiche?
Sim, vários. A maioria envolvendo as mães de amigos meus.
Qual o fetiche do Fernando, do Leandro e do André?
Esses dois últimos eu preciso pedir autorização das namoradas...ou não. (risos) Realmente não sei, só que o do Fernando muito provavelmente envolve pizza e ele dormindo.
O que o Siltu faria se fosse uma banda de pagode?
Cover do Harmonia do Samba, talvez. Mas definitivamente gastaríamos menos dinheiro, teríamos maior popularidade e seríamos mais respeitados. Logo, nos divertiríamos menos.
Quais os planos para o futuro da banda?
Tocar no maior número de lugares possível, viajar e enfrentar novos públicos. Depois disso, se possível, gravar outro álbum e começar tudo de novo. E assim sucessivamente, até que perca a graça.
Suas últimas palavras.
Mantenham a parcimônia.
Valeu. Alguma pergunta?
Sim! Como eu uso o teorema de Cauchy Schwartz para provar as propriedades da matriz de projeção ortogonal num modelo de regressão linear de posto completo?
Por Boss Matsumoto
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